segunda-feira, agosto 07, 2006

#00.109 O amor e a sopa

O que é o amor?
O que é a sopa?
E existirá algo em comum entre os dois?

E será possível estabelecer um paralelismo entre as definições de ambos?

O que faz de uma sopa ser o que é?
Serão os seus ingredientes?

Mas quais?
São tantos e não existem realmente limites para os usar, no entanto todos nós, ao ver uma sopa, sabemos que o é!

Deve existir algo então, que, apesar de tudo o que seja comum ou diferente em todas as sopas faça de uma sopa aquilo que é!

Como na sopa, no amor existe um ingrediente que deve estar presente para que este exista, mas sugiro que, tal como na sopa, esse ingrediente sozinho não é suficiente para ser sopa!

Talvez seja assim com o amor.


Talvez, preocupados com os nossos umbigos, com as especificidades das nossas expectativas, das nossas experiências de vida, estejamos a “coisificar” demasiado o amor, confundindo-o com os diversos ingredientes que o compõem e esquecemos a simplicidade e a beleza do que é o amor por outra pessoa! 

19 comentários:

Anónimo disse...

Uma analogia interessante.
Realmente o amor é como uma sopa, o problema são as sopas de pacote.
Apesar de todos os dias lutar contra este pensamento, sinto-me descrente no amor.
Cada vez mais se confunde sentimentos, cada vez mais dá-se menos importância a pormenorezinhos estúpidos e nos prendemos a sopas instantaneas.
Eu cá quero uma sopa, como as da minha avó, rica em ingredientes e com caldo original.

nunocavaco disse...

Gostei do post. A noção de conceito, de saber o que é o quê é sem dúvida a chave para perceber qualquer coisa e também é a chave para perceber porque existe tanta infelicidade se calhar porque não sabemos o que andamos à procura.
Abraço

A disse...

Eu gosto muito de sopa de feijão vermelho, sabes... daquela com couve portuguesa, cenoura, nabo e batata aos cubos, esparguete e chouriço ou carne de vaca.

:)

Também gosto de canja de galinha caseira com hortelã, de caldo verde com broa e chouriço, de sopa do cozido (no Canal Caveira fazem uma excelente!), de sopa de espinafres e grão de bico...

Mas também gosto de sopas de pacote: aquela de marisco é óptima, e ainda acrescento uns camarões; a sopa de rabo de boi da Knorr (passo a Publicidade) e a sopa de cebola para colocar no famoso frango com cerveja e cogumelos e natas...

E gosto mais das que faço do que as da minha mãe e avó. É que a receita tende sempre a melhorar.

Talvez como o amor, que melhora com o passar dos anos...

:)

Beijos

Llyrnion disse...

Hallo, HP.

Sabes, o ser humano é óptimo a "coisificar". Fomos feitos para classificar as coisas e arrumá-las em caixinhas com rótulos. E, se queres q te diga, neste caso, n é uma coisa assim tão má cm isso... apesar de ser uma das nossas "Mission Impossible" :)

Pq? Pq estamos a falar de algo q é mt importante pa nós, e q vai ter uma influência imensa na nossa vida. Dizes q existe um ingrediente q nos permite dizer "Sim, é isto". Eu creio q esse ingrediente é como "The one thing" do Curly, no filme "City Slickers" - cd um tem a sua ideia mt própria sobre qual é esse ingrediente.

É por isto q considero importante pensarmos e tentarmos "coisificar". Pq, mais cedo ou mais tarde, os problemas vão surgir. E vamos ter q pensar nas suas causas, e qt mais conhecermos sobre o(s) ingrediente(s) q consideramos importante(s), melhor. É q, pa além de pensarmos nas causas dos problemas, vamos ter q as discutir. Convém q o façamos com o máximo de info q nos for possível reunir.

Pq, na maioria dos casos, aquilo q não dissermos será inferido; e, infelizmente, essas auto-conclusões raramente são discutidas, i.e., tiramos as nossas conclusões ao observarmos as atitudes de outros, mas n nos damos ao trabalho de os questionar sobre essas mesmas atitudes, de tentar saber o outro lado da história. O q é uma pena, pois é uma das maiores causas de desperdício q conheço - desperdício de sentimentos e desperdício de vidas.

Tanta coisa pa fazer uma sopa, n é? :)

Anónimo disse...

Há os que só aquecem a sopa no microondas.

Há os que avaliam criteriosamente o conteúdo nutritivo da sopa.

Há os que comem de tudo.

Há os que fazem dieta.

Há os que só gostam de determinados tipos de sopas especiais.

Há os que preferem fazer barulho por cada vez que a colher vai à boca e ficam felizes assim.

Há os que diferenciam sopa de "comida".

A minha experiência diz-me que, qualquer que seja a nossa posição em relação à sopa, não presta fazê-la para comer sozinho... estraga-se.

florzinhanina disse...

eu gosto muito de sopa, gosto muito de amar e me sentir amada, mas isto nas sopas como no amor convem de vez enquanto melhor a receita, pois tudo o que é igual todos os dias enjoa.
Uma sopa que não enjoa é a da nossa mãe essa é sempre divinal será então o amor de familia o amor seguro pois as sopas que comemos fora escolhem-se as da nossa mãe não desde os seis meses de idade que as comemos gostamos e vamos amar até ao fim dos nossos dias...
Enfim caldinhos...!!!
Beijo meu cozinheiro de palavras
da Flor com carinho.

homempasmado disse...

Raquel:
“…Apesar de todos os dias lutar contra este pensamento, sinto-me descrente no amor. …”

- Porquê?

--

”…Cada vez mais se confunde sentimentos…”
- Quais?

--
“…cada vez mais dá-se importância a pormenorezinhos estúpidos…”
- Podes pormenorizar?
;-)

--//--

nunocavaco:
”…Gostei do post. A noção de conceito, de saber o que é o quê é sem dúvida a chave para perceber qualquer coisa e também é a chave para perceber porque existe tanta infelicidade se calhar porque não sabemos o que andamos à procura. …”

- Bem-vindo ao barulho, Nuno.
Gostei do teu comentário, mas gostaria mais ainda que me dissesses o que é o quê sobre o amor!

--//--

A:
”…E gosto mais das que faço do que as da minha mãe e avó. É que a receita tende sempre a melhorar. …”

:-) Ainda bem que assim é!

--

”…Talvez como o amor, que melhora com o passar dos anos...”

- Talvez o que melhore seja a liberdade para amar quem se deseja, como se deseja, sem coacção!

****

homempasmado disse...

Llyrnion:

”…Sabes, o ser humano é óptimo a "coisificar". …”

- O problema é quando a coisa nos tapa a visão…
--
“…Dizes q existe um ingrediente q nos permite dizer "Sim, é isto". …”
- Não conheço o filme…

Sabes, nos meus diálogos com várias pessoas, esse ingrediente surge sempre, mais cedo ou mais tarde! Só que essas pessoas não têm consciência de que sabem e no entanto, está lá, mesmo “à frente dos olhos”!
Faz-me lembrar alguns jogos que tenho, para formar figuras geométricas.
A primeira vez que consegui montar o primeiro que me deram (uma pirâmide a partir de 3 peças idênticas), apercebi-me que já tinha passado pela solução várias vezes, mas que não a tinha reconhecido!

O problema, L, é que não se trata de um ingrediente. Trata-se do sabor!
Ao contrário das sopas, o amor (para mim) tem apenas um sabor!
Penso que a dificuldade em definir o amor, resulta sobretudo na questão de confundir os ingredientes do amor com o seu sabor. É que, várias pessoas precisam de diferentes ingredientes para o tão almejado sabor!
Penso que cais nessa armadilha quando no teu post falas de confiança e cedência! São ingredientes que te são essenciais para o tal sabor, mas não são O sabor!
Estarei a explicar-me bem? :-(

Penso que, a “coisificação nociva” de que falo, ao contrário da “coisificação saudável” de que falas, leva as pessoas a valorizar pormenores que talvez não sejam tão importantes como isso, que, muitas das vezes, lhes foram enfiados na cabeça desde que nasceram, num processo repetido através de gerações!
A tal história dos macacos e da banana!

--

”… É por isto q considero importante pensarmos e tentarmos "coisificar".
(…)
É q, pa além de pensarmos nas causas dos problemas, vamos ter q as discutir. Convém q o façamos com o máximo de info q nos for possível reunir. …”

- Concordo.

--

”…na maioria dos casos, aquilo q não dissermos será inferido;
(…)
mas n nos damos ao trabalho de os questionar sobre essas mesmas atitudes, de tentar saber o outro lado da história. …”

- Tens razão, mas já deves ter reparado que a maioria das pessoas tem dificuldade em falar racionalmente dos seus sentimentos.

Como se a compreensão dos mesmos fosse inconveniente, ou lhes retirasse valor!

Basta ver que, quando pergunto o que é o amor, o que mais se diz é que não se pode definir! E se não se pode definir, poder-se-á compreender?

E se não se compreende, é uma lotaria? Acontece por acaso, de forma incompreensível, misteriosa?

Deveremos nós vegetar durante a nossa vida, à espera que a Deuses Fortuna se digne a sorrir para o nosso lado e colocar-nos no caminho a pessoa que nos fará feliz? Sem esforço para nós, tá claro! Uma espécie de totoloto do amor!
Como se pode viver assim?

homempasmado disse...

opicadordegelo:

”…A minha experiência diz-me que, qualquer que seja a nossa posição em relação à sopa, não presta fazê-la para comer sozinho... estraga-se. …”

- Ora aí está uma diferença crucial entre o amor e a sopa!
É que a sopa também sabe bem quando a comemos sozinhos!


florzinhanina:
“…será então o amor de familia o amor seguro…”
- Será? É que eu conheço uns amores filiais que são verdadeiros infernos!

raquelmoniz disse...

Porque todos falam de amor, mas no fundo ninguém se entrega. Tudo se tornou supercifial. todos querem amar, mas sem riscos.
E o que é amar sem arriscar?

Confude-se atracção, quimica, rotina, o "deixa andar"...

enfim...

Llyrnion disse...

"Penso que cais nessa armadilha quando no teu post falas de confiança e cedência! São ingredientes que te são essenciais para o tal sabor, mas não são O sabor! Estarei a explicar-me bem? :-("

Creio q sim, mas, por mim, digo-te o seguinte: De vez em qd, faço um pt de situação da minha vida. Olho pa os diversos aspectos da mm q me despertam a atenção. E tento chegar a alguma conclusão. E, pa isso, preciso de algo q seja minimamente objectivo, algo q eu reconheça, algo q eu valorize. No fundo, terreno suficientemente sólido pa q eu consiga levar lá alguém a "dar um passeio" sem receio de nos "afundarmos" os dois, compreendes?

Ou seja, n consigo identificar "O sabor", mas a verdade é q nunca tentei. N só pq n sei se o conseguirei, mas tb pq, se o conseguir fazer, n sei até q ponto conseguirei transmitir esse conceito à minha companheira, qd for necessário.

«Penso que, a “coisificação nociva” de que falo, ao contrário da “coisificação saudável” de que falas, leva as pessoas a valorizar pormenores que talvez não sejam tão importantes como isso, que, muitas das vezes, lhes foram enfiados na cabeça desde que nasceram, num processo repetido através de gerações!»

Talvez... mas, mm q assim seja, trata-se de mais um conjunto de valores q "criaste" na tua vida, cm quaisquer outros. E q, cm quaisquer outros, podem mudar, caso exista vontade de o fazer.

"Tens razão, mas já deves ter reparado que a maioria das pessoas tem dificuldade em falar racionalmente dos seus sentimentos."

Sim, é difícil, eu sou o primeiro a admiti-lo.

"Como se a compreensão dos mesmos fosse inconveniente, ou lhes retirasse valor!"

Sim, inconveniente, talvez - uma maior compreensão dos sentimentos obrigaria as pessoas a falar deles de forma mais racional, o q cortaria td um conjunto de argumentos perfeitamente vazios de significado, mas q se defendem com unhas e dentes com a expressão "É isto q sinto, n sei pq, mas é assim, e pronto!"

"Basta ver que, quando pergunto o que é o amor, o que mais se diz é que não se pode definir! E se não se pode definir, poder-se-á compreender?"

Eu compreendo a resposta. Tal cm te disse, n consigo identifica "O sabor". Dai ter feito um esforço para identificar para os ingredientes aos quais dou maior importância.

Enfim, há q aceitar a resposta do "N se define, sente-se", pq é uma resposta tão válida cm qq outra (apesar de n transmitir nd), até q alguém, um dia, apareça com a definição mágica.

"E se não se compreende, é uma lotaria? Acontece por acaso, de forma incompreensível, misteriosa?"

Epa, n é a única coisa na vida q acontece assim. Olha, p.ex., o caso do tipo q tinha bilhete de avião para um dos voos do 11/9 e q, unica e exclusivamente por obra do Acaso, acabou por n ir. Aliás, eu diria q a Vida n é mais do q uma série infindável de lotarias, sendo q cd uma te coloca perante uma oportunidade, q tu aproveitas ou n.

"Deveremos nós vegetar durante a nossa vida, à espera que a Deuses Fortuna se digne a sorrir para o nosso lado e colocar-nos no caminho a pessoa que nos fará feliz? Sem esforço para nós, tá claro! Uma espécie de totoloto do amor! Como se pode viver assim?"

Vivendo. Um dia de cd vez. N necessariamente a vegetar, mas de alma (outra definição lixada, hã? :) ) aberta, à procura de algo q o Destino nos vai atirar para a frente dos olhos, e q nós até podemos nem reconhecer.

Agora, essa de ser sem esforço.. eh eh... podes ter a certeza q ninguém o faz sem esforço. Mm quem consegue ter uma relação feliz e equilibrada, n o consegue sem esforço :)

johnny handsome disse...

Só agora li bem esta sopa de letras...
E então? Tudo é sopa neste mundo. A própria vida tem origem na "sopa primordial" que se combinou em aminoácidos e proteínas. O Universo imeadiatamente a seguir ao Big Bang não era mais do que uma sopa altamente energética (muito pior que um Red Bull)de plasma que deu mais tarde nas partículas que conhecêmos e nas que ainda não conhecemos com nomes tão engraçados com Bosões de Higgs, Quarks e outros ainda mais esotéricos..
E na vida já tenho levado muita sopa....Olá!!!

homempasmado disse...

Oi Raquel

Gandhi disse: “Não existe caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho.”

Não sei que relação existe entre amar e arriscar. O que é a vida sem arriscar?
Não sei o que arrisquei quando amei! Ou melhor, não sei o que arrisquei por ter amado que não arriscaria se não tivesse amado!

Que arriscaste tu?
Dor? Não será esse o preço que a vida cobra por se revelar!
Perder alguém? Perderás sempre!
Desilusões? Sempre as terás!

Olha, eu falo de receitas e de ingredientes para o amor, sei que posso analisar e dissecar o que sinto e porque o sinto!

Mas também sei que quando sinto amor, saber os porquês e os comos é completamente irrelevante.

Arriscar, entrega, confiança, amizade, etc, etc, tudo isso é superficial para o SENTIR do Amor!

Saber a fórmula química do açúcar, não nos faz sentir a sua doçura!

--

Digo-te a mesma coisa que disse ao Llyrnion: confunde-se muita coisa com o amor, como dizes, e confunde-se sobretudo os “ingredientes” do amor, com o que o amor é, com o seu sabor!

No texto que me deste a ler, por muito belo que seja, e é-o, acredito que fazes exactamente isso!

--

Creio que não falaste sobre os tais pormenores!

Tchau e jinhos.

homempasmado disse...

JH:
Tas a precisar de comer uma sopinha de castanha!
:-)

homempasmado disse...

L:

“…No fundo, terreno suficientemente sólido pa q eu consiga levar lá alguém a "dar um passeio" sem receio de nos "afundarmos" os dois, compreendes? …”
- Sim, compreendo.

--

L:
”…Ou seja, n consigo identificar "O sabor", mas a verdade é q nunca tentei. N só pq n sei se o conseguirei, mas tb pq, se o conseguir fazer, n sei até q ponto conseguirei transmitir esse conceito à minha companheira, qd for necessário. …”

- Penso que, quando tiveres consciência do que sabes, ou seja, saber que sabes, ficarás espantado com a facilidade com que transmitirás o que sentes!
:-)

--

L:
Talvez... mas, mm q assim seja, trata-se de mais um conjunto de valores q "criaste" na tua vida, cm quaisquer outros. E q, cm quaisquer outros, podem mudar, caso exista vontade de o fazer.

HP:
Ora aí é que está, foram criados, mas não são necessariamente como quaisquer outros, sobretudo se esses outros são o produto de uma sociedade preconceituosa.

E a vontade de mudar não é suficiente para o fazer, como muitas pessoas já o descobriram…

Os valores democráticos, por exemplo, foram criados contra valores anteriores mais “óbvios” e ao contrário do que muita gente pensa, devem ser cultivados ou desaparecem!

--

HP:
"Como se a compreensão dos mesmos fosse inconveniente, ou lhes retirasse valor!"

L:
Sim, inconveniente, talvez - uma maior compreensão dos sentimentos obrigaria as pessoas a falar deles de forma mais racional, o q cortaria td um conjunto de argumentos perfeitamente vazios de significado, mas q se defendem com unhas e dentes com a expressão "É isto q sinto, n sei pq, mas é assim, e pronto!"

HP:
Exactamente! Como se o mistério desse mais valor à “coisa”. No fundo, trata-se de um elogio à ignorância, que a maioria das pessoas não aceitaria, por exemplo, na sua vida profissional.

--

L:
Eu compreendo a resposta. Tal cm te disse, n consigo identifica "O sabor". Dai ter feito um esforço para identificar para os ingredientes aos quais dou maior importância.

HP:
Teres consciência do que precisas para que uma relação funcione já é bom! :-)
Mas não é essencial. Podes identificar o sabor, sem saber quais os ingredientes…

Isto do paralelismo com a sopa, dá pano pra mangas, ou melhor ainda, colheres prá boca!
ahahahahahah!

--

L:
Enfim, há q aceitar a resposta do "N se define, sente-se", pq é uma resposta tão válida cm qq outra (apesar de n transmitir nd), até q alguém, um dia, apareça com a definição mágica.

HP:
Depende do teu critério de validade! Essa resposta é irracional, não é válida! Já para não falar que é diminuidora e prepotente, ao impor-se aos outros as nossas limitações como um standard!

Eu aceito uma resposta como: Sinto, mas não sou capaz de definir.

--

HP:
"E se não se compreende, é uma lotaria? Acontece por acaso, de forma incompreensível, misteriosa?"

L:
Epa, n é a única coisa na vida q acontece assim. Olha, p.ex., o caso do tipo q tinha bilhete de avião para um dos voos do 11/9 e q, unica e exclusivamente por obra do Acaso, acabou por n ir. Aliás, eu diria q a Vida n é mais do q uma série infindável de lotarias, sendo q cd uma te coloca perante uma oportunidade, q tu aproveitas ou n.

HP:
Bem, a vida é um monte de aleatoriedades. A compreensão não te permite escapar do acaso, mas permite não seres tão vítima! ;-)

Ou seja, se compreenderes o que é o amor e a paixão e porque é que os sentes, supostamente, estarás menos vulnerável aos seus “malefícios”.
Terás reduzido um nível em que ficaste dependente do acaso.

--

HP:
"Deveremos nós vegetar durante a nossa vida, à espera que a Deuses Fortuna se digne a sorrir para o nosso lado e colocar-nos no caminho a pessoa que nos fará feliz? Sem esforço para nós, tá claro! Uma espécie de totoloto do amor! Como se pode viver assim?"

L:
Vivendo. Um dia de cd vez. N necessariamente a vegetar, mas de alma (outra definição lixada, hã? :) ) aberta, à procura de algo q o Destino nos vai atirar para a frente dos olhos, e q nós até podemos nem reconhecer.

HP:
A Alma? Pois é, como ateu não acredito nessa coisa!
É difícil definir esse conceito porque a ciência não o capta e nós não o sentimos!

--

L:
Agora, essa de ser sem esforço.. eh eh... podes ter a certeza q ninguém o faz sem esforço. Mm quem consegue ter uma relação feliz e equilibrada, n o consegue sem esforço :)

- Concordo contigo, mas referia-me ao tipo de atitude que leva as pessoas a esperar que o que é bom lhes caia no colo. A relação de que falas, acontece depois. E, lá está, como as pessoas “estão habituadas” a que o amor lhes apareça magicamente à frente, quando se trata de, conscientemente, fazer funcionar a história que começa depois do “e viveram felizes pra sempre” dão-se muitas vezes mal… :-(

raquelmoniz disse...

HP estou a falar de casos gerais. E lógico que não se aplica a tudo, nem a toda a gente, FELIZMENTE.

Conheço muita gente que ama e é feliz, mas também conheço muita gente que pula de relacionamento em relacionamento quando sente que está a começar a se envolver. Tudo porque quando arriscas, podes ganhar ou perder. Por isso mais vale um empate.

Vejo cada vez mais relacionamentos terminarem por pequenos problemas domésticos. Afinal a taxa de divóricos aumentou, porque?

Acho que em parte é por falta de paciência e por pouca tolerância.

Cada vez mais as pessoas se traem, e porquê? A maior parte dos casos que conheço apenas porque não se sentem sexualmente satisfeitos e ao inves de tentarem resolver, vão procurar fora de casa.

Há medo de confronto, há medo do diálogo...

É o que vejo... Isso é arriscar?

Llyrnion disse...

"Ora aí é que está, foram criados, mas não são necessariamente como quaisquer outros, sobretudo se esses outros são o produto de uma sociedade preconceituosa.

E a vontade de mudar não é suficiente para o fazer, como muitas pessoas já o descobriram
"

Repara q, na tua vida, és tu q tens o poder de os mudar. Mas tens q aceitar as consequências dessa decisão.

"Exactamente! Como se o mistério desse mais valor à “coisa”. No fundo, trata-se de um elogio à ignorância, que a maioria das pessoas não aceitaria, por exemplo, na sua vida profissional"

N sei se o vejo cm uma questão de "dar valor"... de uma forma extremamente cínica (não confundir com hipócrita), diria q é, antes de mais, conveniente, pq consegues apresentar argumentos q são irrefutáveis. apesar de se basearem, cm dizes, na ignorância.

E atenção q, até certo ponto, contra mim falo, OK? :)

"Eu aceito uma resposta como: Sinto, mas não sou capaz de definir"

Sim, tens razão. A forma cm se apresenta a resposta tb acaba por ser importante pa a nossa aceitação.

"E, lá está, como as pessoas “estão habituadas” a que o amor lhes apareça magicamente à frente, quando se trata de, conscientemente, fazer funcionar a história que começa depois do “e viveram felizes pra sempre” dão-se muitas vezes mal… :-("

Sim, mas aí eu colocaria a responsabilidade mais em outros aspectos, q n o Amor enquanto um td. P.ex., mts vezes começas lg por ter problemas de exigência/tolerância de um relação ao outro. São situações q acontecem em qq relação (amorosa ou n), e q a podem minar completamente.

Há uma coisa em q acredito - qt mais íntima a relação, maior o grau de exigência. Isto, por si só, n é errado. O problema é qd nos esquecemos q "Errare Humanum Est". E o problema com os contos de fadas é q td a minha gente é perfeita, no seu papel. N tens um único conto de fadas q dê relevância central à tolerância ou à compreensão pa com as falhas dos outros.

É por isso q, IMHO, os contos de fadas podem n ser a melhor das influências numa criança.

Um abraço.

homempasmado disse...

Raquel:

As pessoas podem não querer envolver-se porque não pretendem naquela altura das suas vidas, um relacionamento mais sério. Não necessariamente porque têm problemas, ou medo de se magoarem, ou serem imaturas, etc.

É muito fácil rotular os indivíduos com base em estereótipos colectivos (que até podem estar correctos).

E essas facilidades matam o raciocínio, o pensamento crítico!

--

A taxa de divórcios aumentou porque as mulheres deixaram de estar tão dependentes dos homens e já não precisam de aturar as merdas deles, como o tinham de fazer no passado e isso inclui os espancamentos e as infidelidades.

Concordo contigo que existe pouca paciência, tolerância e falta de debate e honestidade. Resumindo, pouca maturidade.

Discordo de ti, se defendes que no passado havia.

--

“…Cada vez mais as pessoas se traem, e porquê? …”

- Cada vez mais existe conhecimento público sobre sexo extra-conjugal, seria mais correcto afirmar!

Falar de traição implica falares de casos pessoais que não conheces. Não sabes os acordos que as pessoas encontram dentro do casal.

Se bem que, concordo contigo que a maioria do sexo extra-relacionamento seja à revelia do acordo do parceiro(a).

Por outro lado, a reescrita que fiz, destina-se a corrigir o pressuposto transmitido pela tua frase de que no passado haveria menos!

--

”…A maior parte dos casos que conheço apenas porque não se sentem sexualmente satisfeitos e ao invés de tentarem resolver, vão procurar fora de casa. …”

- Tem graça que ainda ontem, na Antena 1, o sexólogo Júlio Machado Vaz dizia que, pela experiência profissional dele, o sexo extra conjugal não tinha de resultar da insatisfação nem da falta de amor entre o casal!

O que não quer dizer que esses factores não o pudessem causar!

Que raio, há anos que eu defendo isso!

Sobre o que escreves acima, tenho um post: #00.016 é preciso ter lata!

--

”…Há medo de confronto, há medo do diálogo...”

- Sempre houve! Mas antes, na nossa sociedade, a esposa mal servida pouco poderia fazer para mudar a coisa, a não ser arranjar um amante e eventualmente fugir com ele! ;-)

Conheço pelo menos um caso em que uma esposa tentou fazer do seu marido um amante, já nem digo bom, mas satisfatório. Através do diálogo, da prática. Não conseguiu! E sei que desistiu!

--

”… É o que vejo... Isso é arriscar? …”

- Não tanto quanto gostarias e quanto seria desejável…
:-)

homempasmado disse...

L:
Repara q, na tua vida, és tu q tens o poder de os mudar. Mas tens q aceitar as consequências dessa decisão.

- Teoricamente, sim, na prática, talvez não. Relaciono isso com os vários posts sobre percepções/realidades e livre escolha, tanto no hp como no blabla.

--

HP:
"Exactamente! Como se o mistério desse mais valor à “coisa”. No fundo, trata-se de um elogio à ignorância, que a maioria das pessoas não aceitaria, por exemplo, na sua vida profissional"

L:
N sei se o vejo cm uma questão de "dar valor"... de uma forma extremamente cínica (não confundir com hipócrita), diria q é, antes de mais, conveniente, pq consegues apresentar argumentos q são irrefutáveis. apesar de se basearem, cm dizes, na ignorância.

E atenção q, até certo ponto, contra mim falo, OK? :)

HP:
É também uma possibilidade válida! Suponho que devem haver vários motivos que levam as pessoas a pensar/agir assim!

--

HP:
"Eu aceito uma resposta como: Sinto, mas não sou capaz de definir"

L:
Sim, tens razão. A forma cm se apresenta a resposta tb acaba por ser importante pa a nossa aceitação.

HP:
E para perceber se aquela pessoa aceita realmente dialogar, ou se se limita a monologar!

--

HP:
"E, lá está, como as pessoas “estão habituadas” a que o amor lhes apareça magicamente à frente, quando se trata de, conscientemente, fazer funcionar a história que começa depois do “e viveram felizes pra sempre” dão-se muitas vezes mal… :-("

L:
Sim, mas aí eu colocaria a responsabilidade mais em outros aspectos, q n o Amor enquanto um td. P.ex., mts vezes começas lg por ter problemas de exigência/tolerância de um relação ao outro. São situações q acontecem em qq relação (amorosa ou n), e q a podem minar completamente.

HP:
Concordo contigo!

--

L:
Há uma coisa em q acredito - qt mais íntima a relação, maior o grau de exigência.

HP:
Também sou assim, e nem sequer preciso pensar nisso, é automático!

L:
Isto, por si só, n é errado. O problema é qd nos esquecemos q "Errare Humanum Est". E o problema com os contos de fadas é q td a minha gente é perfeita, no seu papel. N tens um único conto de fadas q dê relevância central à tolerância ou à compreensão pa com as falhas dos outros.

HP:
Pois, por vezes torno-me pouco tolerante e chego rapidamente ao ponto de ebulição!
:-(

{ } pra ti tb!
:-)