segunda-feira, agosto 07, 2006

#00.107 O coxo, a bengala e o pedinte

As expectativas sobre terceiros estão na nossa cabeça.
Se culparmos alguém por não as cumprir, culpamos pelos nossos erros!

E muitos desentendimentos começam assim, porque sentimos que as expectativas que criámos não estão a ser cumpridas!

Mas que responsabilidade tem a outra pessoa nos filmes que criámos no nosso cinema?

Apesar de tudo, não é mau ter expectativas.

Mau é quando essas expectativas passam por receber da outra pessoa, aquilo que temos em primeiro lugar de dar a nós próprios! 
E quando cobramos por não termos recebido.

Quando colocamos nas mãos de outra pessoa o alfa e o ómega da nossa felicidade, não estaremos a ser cruéis?

3 comentários:

Llyrnion disse...

"E muitos desentendidos começam assim, porque sentimos que as expectativas que criámos não estão a ser cumpridas!"

E nessa altura o q é q fazemos? Teremos nós a frontalidade de falar com a outra pessoa e dizer-lhe isso? Assumir q, apesar de tds nós banalizarmos a frase "Gosto de ti assim cm és", temos um conjunto de expectativas q vão desde "Gostava q te deixasses disso de dormires com a máscara de beleza pq depois tenho pesadelos com monstros marcianos" até "Mal posso esperar pelo dia em que discutiremos the ultimate question - será q ela prefere cuspir ou engolir?" :D

Tds temos expectativas. E isso, por si só, n é negativo, antes pelo contrário. N podemos é deixar q essas expectativas se transformem em frustrações. Afinal, se é certo q muitas delas serão supérfluas, outras podem ser realmente importantes, e o q a vida me mostrou é q se n as conseguirmos satisfazer na relação, tentaremos fazê-lo fora dela. Pa isso, mais vale admitirmos à partida q a coisa n irá funcionar.

"Quando colocamos nas mãos de outra pessoa o alfa e o ómega da nossa felicidade, não estaremos a ser cruéis?"

Se decidimos juntar-nos com outra pessoa, é pq achamos q estamos melhor assim, senão continuávamos sozinhos. Portanto, de certa forma, estamos sempre a colocar nas mãos dela uma parte da responsabilidade pela nossa felicidade. Cm sempre, trata-se de uma questão de encontrar o equilíbrio. Parece fácil, n é? :)

homempasmado disse...

“…E nessa altura o q é q fazemos? …”
- Pessoalmente, prefiro a frontalidade.

--
Tds temos expectativas.
(…)
Pa isso, mais vale admitirmos à partida q a coisa n irá funcionar.
- Concordo contigo.

--

”…Se decidimos juntar-nos com outra pessoa, é pq achamos q estamos melhor assim, senão continuávamos sozinhos. Portanto, de certa forma, estamos sempre a colocar nas mãos dela uma parte da responsabilidade pela nossa felicidade. Cm sempre, trata-se de uma questão de encontrar o equilíbrio. Parece fácil, n é? :)…”

- Pois, mas colocar parte da responsabilidade não era do que eu estava falando.
Quando alguém diz a outra pessoa, “sem ti não serei feliz”, isso, para mim, é uma brutalidade. Coloca sobre os ombros da outra pessoa uma enorme responsabilidade!
Como seres sociais, duvido que sejamos felizes solitários, mas dizer que só aquela pessoa nos fará feliz…
:-(

Llyrnion disse...

"Como seres sociais, duvido que sejamos felizes solitários, mas dizer que só aquela pessoa nos fará feliz"

Sim, aí tens razão. Isso é doença :(