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segunda-feira, maio 14, 2012

5 Countries That Do It Better: How Sexual Prudery Makes America a Less Healthy and Happy Place

Sexual attitudes in Europe are the stuff of the Christian Right's nightmares — yet many of those societies are better for having more open attitudes toward sexuality.

quinta-feira, dezembro 11, 2008

#00.182 prazer, maldade e estupidez

...naquilo que dá prazer a dois e não prejudica ninguém nada há de mal. O que está realmente mal é haver quem pense que o prazer tem alguma coisa de mal...

Aquele que se envergonha das capacidades de fruição do seu corpo é tão estúpido como o que se envergonha de ter aprendido a tabuada da multiplicação.
p.116

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“Ética para um jovem”
Fernando Savater
Editora Dom Quixote


segunda-feira, setembro 01, 2008

#00.179 Do amor e da paz

No último sábado fui ao casamento de uma amiga. 
Ela estava feliz, o que a mim me pareceu uma insensatez, sobretudo porque o noivo, um economista argentino, chorava nos braços do padrinho, como um rapazinho ao qual tivessem roubado a bola de futebol assinada pelo Cristiano Ronaldo.

Depois reflecti melhor e cheguei à conclusão de que se o noivo chorava daquela forma, com um desespero tão sincero, talvez, afinal, o casamento deles tivesse um futuro interessante. O noivo, ao menos, parecia consciente do que o esperava.

Vejo o casamento como uma rendição.
Ninguém casa por amor, pelo contrário: ao casarmos desistimos do amor, estamos a trocar o amor pelo conforto e a segurança.

Ora o amor tem tanto a ver com a segurança ou com o conforto quanto um leão domesticado tem a ver com um leão.

O casamento costuma ser o último parágrafo dos contos de fadas e dos romances cor-de-rosa.

Depois disso não acontece mais nada que mereça a pena ser relatado. Chama-se a isto tédio. O tédio é o que de melhor pode acontecer num casamento.


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Retirado da crónica:
Do amor e da pazde: Faíza Hayat
na página 6 da revista Pública de 6 de Julho de 2008

domingo, agosto 24, 2008

#00.177 Simone de Beauvoir


Em 1976, numa entrevista, Beauvoir dizia que as mudanças pelas quais lutara não se realizariam durante a sua vida. “Talvez daqui a quatro gerações.” Que importância tem hoje ‘O Segundo Sexo’? Cem anos depois do seu nascimento, a França ainda se comove com ela.

Publicado em 1949, tinha Simone de Beauvoir 41 anos, ‘O Segundo Sexo’ viria a ser considerado uma marca fundamental no pensamento feminista do século XX, abrindo caminhos para a teorização em torno das desigualdades construídas em função das diferenças entre os sexos.

Composto por dois volumes (Factos e Mitos e A experiência vivida), o livro debate a situação da mulher, do ponto de vista biológico, sociológico e psicanalítico, inaugurando problemáticas relativas às instâncias de poder na sociedade contemporânea e às diferentes formas (tantas vezes conflituais) de dominação.
Reflectindo, pois, sobre as razões históricas e os mitos que fundaram a sociedade patriarcal e a sustentam e que trataram a mulher como um “segundo sexo”, silenciando-a e relegando-a para um lugar de subalternidade, Beauvoir irá apontar soluções que visam à igualdade entre os seres humanos.

Fonte de inspiração para autoras como Betty Friedan, que lhe dedicou o seu já clássico ‘The Feminine Mystique‘ (1963), ‘O Segundo Sexo’ antecipa, de forma admirável, o feminismo da chamada “segunda vaga”, que surgiria quase três décadas depois, com o movimento de libertação das mulheres a desenvolver-se, no final dos anos 60, a par de outros movimentos sociais de contestação, de carácter transnacional - as lutas pelos direitos cívicos, os movimentos estudantis, as preocupações ecossistémicas, a reivindicação, por parte das minorias, de uma voz e de um lugar que fosse seu. “A disputa durará enquanto os homens e as mulheres não se reconhecerem como semelhantes, isto é, enquanto se perpetuar a feminilidade como tal”, escrevia Beauvoir.

Entendendo “feminilidade” como uma construção, a teorização de Beauvoir é levada a cabo a partir da dupla edificação deste conceito dentro do paradigma patriarcal - o “feminino” como essência e o “feminino” como código de regras comportamentais.

Sexo e género.
Antecipando os movimentos feministas, Beauvoir antecipa ainda aquela que viria a ser uma das pedras de toque teóricas para os estudos feministas de raiz anglo-americana: a apropriação da palavra “género”, para significar a construção social de uma diferença orientada em função da biologia, por oposição a “sexo”, que designaria somente a componente biológica.

É a partir da frase já célebre de O Segundo Sexo “On ne naît pas femme, on le devient” (”Não nascemos mulheres, tornamo-nos mulheres”), que teóricas feministas como Joan Scott irão, nos anos 80, reflectir sobre o estabelecimento da diferença entre “sexo” e género (”diferença sexual socialmente construída”), desafiando e questionando a noção de que a biologia é determinante para os papéis atribuídos às mulheres e de que existe uma “essência feminina”.

Assim, dentro de um quadro conceptual feminista, a questão proposta por Beauvoir é crucial, visto denunciar o carácter eminentemente artificial da categoria “mulher”: um ser humano do sexo feminino “não nasce mulher”, antes “se torna mulher”, através da aprendizagem e repetição de gestos, posturas e expressões que lhe são transmitidos ao longo da vida.

Só por isto se teria O Segundo Sexo mantido actual. Surpreendente é que novas teorias, como a teoria queer, surgida há pouco mais de uma década, emergente dos estudos feministas e devedora dos estudos gay e lésbicos, revisitem Beauvoir e a sua célebre frase.


Tendo como um dos seus nomes mais marcantes Judith Butler, a teoria queer assume-se como emancipatória, ao defender que as identidades são criadas pela repetição de certos actos culturalmente inscritos no corpo. Reagindo às políticas de identidade, que haviam sido, nas décadas de 70 e 80, fulcrais para o sucesso das políticas de inclusão social, Judith Butler, e o seus Gender Trouble (1990) e Undoing Gender (2004), partem desse “On ne naît pas femme, on le devient”, de Beauvoir, para acentuar a ideia de que a identidade é fluida e instável e de que “género” é um conjunto de actos performativos.

Neste caso, em lugar de se ler “Não nascemos mulheres, tornamo-nos mulheres”, poderia ler-se “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”, ou seja, todos e todas nós aprendemos a construir identidades a partir de modelos aparentemente matriciais, que se foram depois cristalizando, mas que são, eles próprios, simulacros. A ênfase é, pois, colocada na transformação - que, podendo ser limitação, pode igualmente expandir-se para gesto de liberdade.

Em 1976, numa entrevista, Simone de Beauvoir dizia que as mudanças pelas quais lutara não se realizariam durante a sua vida. “Talvez daqui a quatro gerações”, acrescentava.
Para esta jovem teoria, a lição de Beauvoir coloca-se também num “devir”, esse devenir de que, há quase 50 anos, ela falava. Jovem, outra vez, neste ano que celebra o centenário do seu nascimento.

Ana Luísa AmaralEscritora, e professora de Literatura Anglo-Americana e de Estudos Feministas na Faculdade de Letras do Porto

Roubado daqui:

sábado, fevereiro 23, 2008

#00.160 ...macacos pagam por sexo

Na Indonésia

Macacos pagam por sexo(?)
Não sei se a prostituição é a mais velha profissão do mundo mas talvez seja maismais antiga que a espécie humana?


Num estudo junto de uma população de primatas, na Indonésia, descobriu-se que os machos pagam pelos favores sexuais das fêmeas; ou seja, pela cópula esforçam-se em diversos actos de bajulação.

Com este comportamento, os macacos não só conseguem aquilo que pretendem como também o conseguem durante mais tempo.

Os resultados da investigação, que durou 20 meses, foram publicados na Animal Behavior.

Correio de domingo, 17 de Fevereiro de 2008, pág. 7



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Meu comentário: 

Gostaria de saber que actos de bajulação são esses...

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Curtas #0027

(...)

"As revistas masculinas também têm este lado: os homens revelam melhor o seu lado idiota quando julgam que estão perante uma mulher estúpida, só porque ela é bonita."

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"O sexo mede-se melhor do que o amor. 

Sabes logo a seguir se foi bom ou não..."
Iggy Pop

(...)

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Retirado da crónica:
A bela é o monstro?
de: Faíza Hayat
na página 22 da revista Pública de 13 de Janeiro de 2008

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meu comentário:
É engraçado que ou gosto muito de ler a crónica dela ou não gosto nada. 

Assim mesmo, sem meios termos!!!