domingo, agosto 06, 2006

#00.106 Sexualidade e liberdade

A independência sexual é um aspecto básico da auto-estima, no entanto as pessoas sexualmente independentes não são nem promíscuas nem infiéis.

Pelo contrário, são estas as mais fiéis, já que ser independente significa que a segurança está no interior de cada um e não no que os outros lhe podem proporcionar.

E significa que a satisfação sexual não depende de um amante hábil ou experiente, mas da capacidade de se sentir bem com o corpo e com as sensações que experimenta.

As pessoas livres são-no porque são capazes de se comprometerem sem se sentirem atadas, tal como atam podem desatar-se, por isso conseguem ser mais fiéis e proporcionam aos seus companheiros uma agradável sensação de segurança.

Isto não quer dizer que a longo prazo não queiram um compromisso ou sejam imaturos e inseguros. Alguns podem sê-lo, mas a maioria não.

Neste tópico a conduta da humanidade divide-se em três grupos: o maioritário, a que pertencem aqueles que se convencionou chamar de monógamos sucessivos (ou seja, as pessoas que estabelecem várias relações monógamas durante toda a vida); um grupo pequeno (de seis a 12 por cento) que não consegue manter-se fiel e precisa ter relações com várias pessoas ao mesmo tempo; outro pequeno grupo de monógamos absolutos, ou seja, pessoas que acasalam uma vez para toda a vida.

Segundo as estatísticas, estes grupos e percentagens mantém-se constantes tanto nos homens como nas mulheres de todas as culturas, e se, em algumas delas só os homens as manifestam é porque essas culturas negam às mulheres o direito de decidir sobre a vida sexual.

Se repararmos nas estatísticas, a independência e a liberdade estão no conhecer-se, em gostarmos de nós próprios e não enganarmos os outros.

Pilar Cristóbal, sexóloga
(título original: gosto de todos(as))

8 comentários:

Anónimo disse...

"Liberdade não é a ausência de compromisso, mas a capacidade de escolher e de me comprometer com o que é melhor para mim." Assim diz Paulo Coelho e eu concordo.

homempasmado disse...

Olá Raquel, bem-vinda!
:-)

Essa liberdade de que o PC fala não é a Liberdade. É, tão somente, a muito importante liberdade de escolha!

Mas esta assenta noutra liberdade, relacionada com a percepção da realidade de que falei aqui:
http://hp2v.blogspot.com/2006/07/percepes.html

Obrigado pelo teu comentário!
:-)

Vi o teu blogue. Irei lá voltar com mais calma e tempo.

Não conhecia aquele fornecedor de serviço.

Anónimo disse...

Acho que o correcto seria dizer: "tb é uma forma de liberdade."

Neste contexto especifico, eu tenho a liberdade de escolher o que é melhor para mim, e relacionando com o teu post, se quero pertencer à maioria ou a um pequeno grupo.

Mas percebo o que queres dizer.
p.s. qual fornecedor de serviços?

homempasmado disse...

Raquel:
Sim, também é uma forma de liberdade.

Mas, tu não tens a liberdade de escolheres o que é melhor para ti. Tens sim, a liberdade de escolher entre as hipóteses que consegues percepcionar. Longe do teu alcance pessoal, pode estar a melhor opção.

Na prática, não notarás de imediato, grandes diferenças entre a tua e a minha concepção, mas assimilando o que te disse, abrem-se-te novas perspectivas que por sua vez, te alargam as opções de escolha!

--

O fornecedor é a wordpress.

Anónimo disse...

Meu caro devo dizer-t q concordo em absoluto com o que diz a PC, e assento nela a minha (talvez) opção de assentar a minha opção de aos 26 anos ainda não ter tido qualquer relação sexual activa.(Não fique hOMEM (MAIS) pASMADO) Devo por isso pertencer ao restricto e minoritário grupo dos monógamos absolutos, o que em parte me dá pena por andar sozinho nesta corrente.
No entanto é bom saber que apesar de poucos neste barco não sou o único...
P.S. se na relidade eu tivesse mesmo pena já teria feiot algo para mudar isto,digo eu!!!

homempasmado disse...

Oi Cáustico,

Cá vai uma citação:
“De todas as taras sexuais, nenhuma é mais estranha que a abstinência.”

Millôr Fernandes, jornalista Brasileiro

--

Não fico pasmado com a tua opção. Mas gostaria de saber o que é isso de “relação sexual activa”!

--

Mas já agora, e na minha opinião, concordar em absoluto com alguma coisa é pouco prudente, até porque a PC comete erros de raciocínio!

Anónimo disse...

A análise através de percentagens não me parece correcta. A única forma de (semi-)independência sexual é a masturbação, as restantes são relações entre pessoas e como tal trazem atrás de si características psicológicas e culturais que codicionam o futuro das relações.

homempasmado disse...

Olá Anónimo,

Mesmo que a sua observação esteja correcta, em que é que isso contribui para o assunto em questão?