terça-feira, julho 04, 2006

#00.087 Morte anunciada

Conheço várias formas de uma paixão morrer:

1. Tédio
Acontece quando a paixão se concretiza em relação.
Nada como a realidade para acabar com as ilusões!
Se der para o torto,a paixão não passa a amor, ou este dura pouco tempo.

2. Conversão
A relação correu bem e a paixão "converte-se" em amor.

3. Dor Aguda (sofrimento)
A relação concretiza-se mas termina antes do tédio acabar com a paixão!

4. Dor crónica (morte lenta)
A relação nunca se concretiza e a paixão vai-se arrastando ao longo dos anos, muitas vezes atravessando várias relações!

16 comentários:

Sea disse...

Julgo que a paixão não se arrasta. É algo efémero demais para perdurar no tempo.
(já estou mesmo a ver, que lá vem a converseta do cliché)

homempasmado disse...

Há quem diga que uma paixão não concretizada pode nunca desaparecer.

Apenas fica em hibernação!
Suponho que depende de cada pessoa.

Acredita que uma paixão pode durar anos, pode ter altos e baixos, pode-se pensar que estava curada e de repente, aí está ela a todo o vapor.

--

Vai lá ao oftalmologista, tavas a ver mal.

P.S. - Eu estou preparado, de uma maneira geral, para fundamentar as afirmações que faço. Tu estás?
;-)

Sea disse...

A minha fundamentação baseia-se apenas naquilo que já vivi. Em momento algum, paixões passadas, voltaram a assolar-me.
Paixão que tenha perdurado no tempo, dei origem a outra coisa, amor. Um sentimento diferente.

florzinhanina disse...

nem o verão deu novo alento ao homempasmado...
verão calor.... mimos... coisas frescas.... coisas quentes... praia... por do sol...
tá-se a ver o resto...
muitas beijocas
flor

homempasmado disse...

Sea:
“...A minha fundamentação baseia-se apenas naquilo que já vivi. ...”

- Embora o conhecimento de nós, ajude imenso a conhecer os outros, é insuficiente, a não ser que já tenhamos passado por experiências muito diversas, que já tenhamos mudado de opinião e sentido de forma diferente as mesmas emoções.

Mesmo assim, a conversa com outras pessoas, a tentativa de perceber como elas sentem de forma diferente as mesmas emoções, ensina-nos muito.

Resumindo: a tua fundamentação para o que sentes e como sentes determinada emoção, não é necessariamente a mesma, nem é necessariamente válida para explicar a forma como as outras pessoas sentem.

--

Concordo contigo que paixão e amor são diferentes e nem me passa pela cabeça questionar a forma como dizes ter-se processado a paixão em ti.

--//--

Flor:
Não gosto do calor. Sou mais Primavera e Outono!
:-)
Jinhos ****

homempasmado disse...

Sea:
Acrescentei o ítem "conversão" às formas de morte, uma vez que me chamaste a atenção para outra possibilidade que me tinha escapado.

obrigado!
:-)

Sea disse...

Continuando a frase que mais tenho utilizado nos últimos tempos: "isto é tdo relativo".
E, honestamente, quero lá saber o que os outros sentem ou pensam. Não sinto nem penso,com o coração e a cabeça, respectivamente, dos outros.

homempasmado disse...

Sea:

Ei! Talvez o que dizes sobre ser tudo relativo, também seja relativo…

--

“…E, honestamente, quero lá saber o que os outros sentem ou pensam. Não sinto nem penso, com o coração e a cabeça, respectivamente, dos outros. …”

- Esta foi forte, sim senhora.
É bem verdade que não pensas nem sentes com a cabeça dos outros, mas, a menos que recuses qualquer interacção emocional com outras pessoas, convém preocupares-te com o que os outros pensam e sentem.

Dizeres isso a uma pessoa com a qual tens uma relação amorosa, não deve cair muito bem…
”Ó querido(a), eu quero lá saber como sentes por mim, o que é que se passa na tua cabeça… passa mas é à acção!”

Faz-me lembrar aquela canção da Madonna: “material girl”

Sea disse...

"Mesmo assim, a conversa com outras pessoas, a tentativa de perceber como elas sentem de forma diferente as mesmas emoções, ensina-nos muito.

Resumindo: a tua fundamentação para o que sentes e como sentes determinada emoção, não é necessariamente a mesma, nem é necessariamente válida para explicar a forma como as outras pessoas sentem."

A minha resposta surgiu depois disto. Não me parece que estivesses a falar de uma pessoa, de alguém com quem tivessemos uma relação.

Patrícia disse...

Voltei voltei, voltei de laaaaaaaá... ;P

Aiaiaiai que nunca mais é hora... ;)

Ah, pois, o post! :D

"4. Dor crónica (morte lenta)
A relação nunca se concretiza e a paixão vai-se arrastando ao longo dos anos, muitas vezes atravessando várias relações!"

Confirma-se. Been there for way too long.



"3. Dor Aguda (sofrimento)
A relação concretiza-se mas termina antes do tédio acabar com a paixão!"

Tenho dúvidas quanto ao assassino, mas sim, já passei por isso e, portanto, sei do que falas.




"2. Conversão
A relação correu bem e a paixão "converte-se" em amor."

Não vivi a conversão, mas a adição do amor à paixão. E ele só a inflamou ainda mais. Sinceramente.




O número um, conheço-o de vidas que não vivi. :)


Beijo, Pasmadito!

homempasmado disse...

Sea:

“… A minha resposta surgiu depois disto. Não me parece que estivesses a falar de uma pessoa, de alguém com quem tivessemos uma relação. …”

- E não estava. Mas o que é que interessa isso? Não invalida o que eu disse!

Se tu “Não sentes nem pensas, com o coração e a cabeça, respectivamente, dos outros…” que te são estranhos, será que pensas e sentes com a cabeça da pessoa amada? Não o creio!

A capacidade para compreender outras pessoas, não nasce magicamente quando tens uma relação com alguém! O que pode surgir é o desejo de compreender essa pessoa, o que já é bom, mas é bem diferente!

Sea disse...

Fica com a tua. Faz as deduções que quiseres.

homempasmado disse...

Sea:
Ok.

--//--

Patrícia:
Sobre o 2. , não inclui a tua versão, porque nesse caso a paixão não morreu!
:-)

Patrícia disse...

Pois... tens toda a razão! :D Ups... ;)

Patrícia disse...

Quer dizer, morrer, morreu, mas muito tempo depois e após a relação em si ter chegado ao fim.

homempasmado disse...

P:
Como distingues, em ti, a paixão do amor?