sexta-feira, maio 19, 2006

#00.071 E agora, o Amor em exclusividade

O Post:
Amar, amamos uma pessoa de cada vez. Isso de que falas é atracção, nomeadamente física. Podemos amar alguém e simultaneamente sentir desejo por outra. Amar duas pessoas é impossível...quer queiras quer não por uma delas só te interessa o corpo, o prazer, o olhar, a intensidade, o calor, o mar, o sexo, bom! Difícil, nestes casos, é distinguir qual delas amamos!

O autor:
Carlos Florindo
http://drunfo.blogspot.com/

Postado aqui:
http://perguntarnaofende.blogspot.com/2006/05/se-amamos-uma-pessoa-mas-estamos.html#comments

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Os meus comentários:

“…amar duas pessoas é impossível…”

- Ora aí está uma coisa que não compreendo.

Quando se ama alguém, ama-se por um determinado conjunto de características (não importa quais).

Em várias etapas nas nossas vidas, podem amar-se várias pessoas.
Por alguma razão que não percebo, muita gente acredita que apenas se pode amar 1 pessoa de cada vez!

Ou seja, existe no amor, uma qualquer propriedade que torna impossível amar ao mesmo tempo duas pessoas que, em diferentes alturas da nossa vida, teríamos amado em separado.

O meu problema, além de não perceber o porquê, é não ter encontrado ninguém que me soubesse explicar qual é essa misteriosa propriedade que gera a exclusividade e elimina a simultaneidade!

17 comentários:

Anónimo disse...

Todo o Amor é eterno...enquanto dura!

Quando estou apaixonada só Amo aquela pessoa.
O que não invalida que possa sentir desejo por outra, mas isso não é amor.
Pelo menos para mim.
Será que alguém pode amar duas pessoas em simultâneo? Eu não acredito muito.Quando estamos apaixonados só temos olhos, e corpo para aquela pessoa)(Acho, não gosto de dizer NUNCA. Tenho mudado muito de ideias ao longo da vida, com o passar dos tempo muita coisa muda. )

Acredito naquilo que dizes "...existe nop amor uma propriedade que torna impossivel amar ao mesmo tempo duas pessoas....etc)
HP nem tudo tem de ter explicação não achas?

Continua gosto de te ler e quando estás mt ausente temos saudades, não é flor?
bom fim de semana vou de lua-de-mel...

florzinhanina disse...

HP já sabes a minha opinião eu amo , uma pessoa de cada vez, e adoro a exclusividade sou demasiado possesiva e adoro ser mimada e bajulada...
e querido se tivesses que me aturar não tinhas tempo de te dedicar a mais ninguem!!!
esta foi boa!!!
:))
:))

florzinhanina disse...

Maia andas numa rica vida!!!
diverte-te miuda tu e o zangão, façam muito mel!!!!!

homempasmado disse...

Cá vão umas quantas opiniões.

Maia:

“…Quando estou apaixonada só Amo aquela pessoa. …”
- Ok, Aqui confundes paixão com amor!

Amor, paixão, desejo sexual, amizade!
São sentimentos, sensações diferentes.

Podem andar juntos, serem sentidos em relação à mesma pessoa, mas não obrigatoriamente.
Pode-se estar apaixonado por uma pessoa mas não amá-la, pode-se amar uma pessoa mas não estar apaixonada por ela!

Pode-se amar e não ter tesão! Pode-se ter tesão sem amizade…


--

“…Será que alguém pode amar duas pessoas em simultâneo? …”
- Aqui confundes amor com paixão!

Acredito que é possível amar mais do que uma pessoa. Creio que a maior parte das pessoas já passaram ou vão passar por isso!

As implicações deste raciocínio colidem frontalmente com a moral judaico-cristã.
Por isso, consciente ou inconscientemente, esse conhecimento é camuflado com explicações que multiplicam os aspectos do Amor!
Que servem para complicar o que é simples.

Quanto à paixão, tenho realmente sérias dúvidas que seja possível senti-la por duas pessoas simultaneamente.
Isto porque, como dizes, a paixão consome-nos a atenção. A paixão é profundamente egoísta, auto-alimenta-se, ao contrário do amor, que necessita de feed-back!

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Acredito naquilo que dizes "...existe no amor uma propriedade que torna impossível amar ao mesmo tempo duas pessoas....etc.)
HP nem tudo tem de ter explicação não achas?

- Não sei, mas nesse hipotético “tudo” que não tem de ter explicação, não incluo o amor.
Mesmo que não conheças explicação, não quer dizer que não exista nem que deixes de procurar uma!

De que se fala quando se aceita que algo tão importante, tão essencial para nós, enquanto seres humanos, fique no domínio do inexplicável?

E quais os perigos, se existem, de se aceitarem comportamentos ou crenças como válidas sem procurar alguma explicação?

Não se podem, dessa forma e com essa mesma atitude, legitimar todos os preconceitos e arbitrariedades que pululam por aí?

--

“…quando estás mt ausente…”
- É o tempo, Maia, é o tempo…

--//--

Flor:

“…adoro a exclusividade sou demasiado possessiva…”
- Defeitos educacionais…


“…e adoro ser mimada e bajulada...”
- Virtudes naturais…

Nunca foste mimada e bajulada por dois homens?
Não sabes o que perdes!
Eheheheheheheheh!

“…e querido se tivesses que me aturar não tinhas tempo de te dedicar a mais ninguém!!!
Esta foi boa!!!...”
- Foi boa foi!
:-)

Mas eu teria, sim senhora…
;-)

florzinhanina disse...

Até que enfim que te rendes te...
pois não sabes a pestinha que eu sou!!!!!
amigo, era só cabelos brancos ai pois sim!!
muitas beijocas

homempasmado disse...

Rendi-me? Rapariga, tiraste os óculos para ler o meu post?
:-)
Eheheheheh!

Patrícia disse...

Amém, Florzinhanina! É por estas e por outras que eu devia ter nascido bissexual ou homossexual... No que toca às relações afectivas, os homens nunca me darão tudo aquilo que preciso... Sniff...

Olha lá, oh Pasmadito! Se me falas do amor enquanto sentimento multidireccional e com intensidades diferentes, estilo amor pelos pais, pelos filhos, pelos amigos, pelo mar e por aí fora, tudo bem, estamos de acordo, o natural é, de facto, amar várias pessoas ao mesmo tempo.

Agora, se me queres vir convencer que és capaz de amar [o tal outro tipo de amor, o que faz correr tanta tinta e tantas lágrimas e tantos... outros líquidos... :D] várias mulheres ao mesmo tempo, tenho de te mandar passear... Vai passear! Eheheh...

Senão, vejamos. Por muito que o conceito de amor varie de pessoa para pessoa, quando amamos profundamente, em princípio, sentimos que queremos passar o resto da vida a fazer amor (outro tipo, estás a ver?) com essa pessoa, que seríamos capazes de arriscar a vida por ela, que não queremos perspectivar o dia-a-dia sem ela. Não me parece que fosse possível este tipo de dedicação a várias mulheres ou homens (conforme o caso) ao mesmo tempo.

homempasmado disse...

Patrícia:
“... No que toca às relações afectivas, os homens nunca me darão tudo aquilo que preciso...”
- Exemplos, s.f.f.

E bissexual para quê? Podes ir buscar o afecto sem o sexo!

--

“… amor enquanto sentimento multidireccional e com intensidades diferentes, estilo amor pelos pais, pelos filhos, pelos amigos, …”

- Ora aí está a grande diferença entre o “teu” amor e o “meu” amor. Eu separo completamente o sexo do amor.

Por outras palavras, o meu amor não faz distinção entre amor filial, amizade, amante…
A diferença entre uma relação com amor pela/o amante e por familiares/amigos é simplesmente o desejo sexual!
E agora sim, podes mandar-me passear.
Ahahahahahah!

--

“… Agora, se me queres vir convencer que és capaz de amar …”
- Bah, convence-te do que quiseres, que posso eu fazer acerca disso?
;-)

--

Olha, tás a avançar com uma definição do “teu” amor?

“…
1. Quando amamos profundamente:
a) Sentimos que queremos passar o resto da vida a fazer amor (outro tipo, estás a ver?) com essa pessoa.
b) Que seríamos capazes de arriscar a vida por ela,
c) Que não queremos perspectivar o dia-a-dia sem ela.


2. Não me parece que fosse possível este tipo de dedicação a várias mulheres ou homens (conforme o caso) ao mesmo tempo.
…”

Será isto, mesmo que incompleto? Queres acrescentar mais alguma coisa?

É que a seguir, enfim, vou colocar-te umas perguntinhas sobre o que escreveste. Geralmente é nesta fase que me mandam passear para bem longe (e ficar por lá)!
:-\

--

Patrícia disse...

E eu lá iria mandar alguém passear (a sério, leia-se, porque a brincar eu mando! Ihihih)quando estamos a debater o meu assunto predilecto?



"E bissexual para quê? Podes ir buscar o afecto sem o sexo!"

Pfff... Yeah, right... Pois posso, mas o afecto dos meus paizinhos, mana, cunhado e restantes familiares, gatos, amigos, etc, já eu tenho. Uns mais garantidos e sinceros do que outros, mas tenho. E, de um homem (não de um amigo, que os amigos, no meu mundo, são assexuados), preciso de afecto COM sexo e COM TUDO, TUDO, TUDO!!! Sim, sou exigente como o caraças, mas, acredita, quando estou apaixonada, vivo para o meu homem e dou-lhe tudo. Dama à moda antiga, mesmo... :S



"- Ora aí está a grande diferença entre o “teu” amor e o “meu” amor. Eu separo completamente o sexo do amor."

Eu separo, e em compartimentos bem diferentes, os vários níveis de amor. O amor pelo amante, é, sem dúvida, alimentado pelo desejo sexual, mas está MUITO longe de ser apenas desejo sexual. A verdadeira questão aqui é o pedestal em que eu coloco o sexo por e com amor, que para mim, é um ritual divino de pura magia, por oposição ao sexo apenas pelo sexo, que não me diz rigorosamente nada (e agora é que tu me relegas para o canto das velhas retrógradas e, segundo o freak que assombra o blog do Stephen King, frígidas)...





"Olha, tás a avançar com uma definição do “teu” amor?"

Estou!:P



"É que a seguir, enfim, vou colocar-te umas perguntinhas sobre o que escreveste."

Força! Estou à espera delas! :)

homempasmado disse...

Patrícia:

A amizade é assexuada, para mim também!
:-)

--

Eu não disse que pelo “teu” homem não devias sentir afecto e sexo.
O que gostaria que me explicasses é a diferença entre o afecto por ele e pela tua irmã!

O amor, para mim, também é assexuado! Pode-se amar uma pessoa e não sentir desejo sexual por ela! Não percebo porque é que se deve colocar o amor por amantes numa prateleira diferente do amor pelos familiares!

Ou melhor, creio que percebo, mas não aceito, simplesmente porque não faz sentido e ainda ninguém me deu uma explicação que não caísse em preconceitos.

E como eu entendo que os preconceitos não são aceitáveis…

--

“… quando estou apaixonada, vivo para o meu homem …”
- Tal como a Flor, também tu pareces confundir paixão com amor!
É possível estar-se apaixonado, sem amar.

Obs: #00.029 generalidades

--

Dares mais importância ao amor com sexo, não significa que o amor sem sexo seja diferente do primeiro.

É perfeitamente natural que prefiras amor+sexo, afinal, tens mais do que só amor.
O que eu defendo é que a diferença neste caso, não é qualitativa, é quantitativa!

--

“… os vários níveis de amor. …”
- Se te referes ao amor por amante, familiares, etc, não tenho disso. Ou há, ou não há!
O que pode haver é maior ou menor intensidade no amor.

E já agora, pode-se amar duas pessoas por motivos diferentes, mas o amor é o mesmo!

--

“… O amor pelo amante, é, sem dúvida, alimentado pelo desejo sexual, …”
- Se calhar é por isso que tantos amores acabam…
Coloca-se tanta ênfase no sexo como expressão do amor, que quando existe sexo extra-conjugal se considera que algo vai mal no casamento!

”… mas está MUITO longe de ser apenas desejo sexual. …”
- Nunca disse que era.

--

“… sexo apenas pelo sexo, que não me diz rigorosamente nada …”
- Se não amares ninguém… abstinência, sempre?
Noites avulsas? Amigos coloridos, nada?

--

“… e agora é que tu me relegas para o canto das velhas retrógradas …”
- Nada disso. Apenas para o canto das velhas que levaram desde a infância com tretas patriarcais e as engoliram muito bem…
;-)

--

“… Força! Estou à espera delas! :) …”
- Só quando me disseres mais sobre o “teu” amor. Acho que se pode ainda acrescentar mais qualquer coisita à “tua” definição, conforme as respostas que deres a este post.

Patrícia disse...

"O que gostaria que me explicasses é a diferença entre o afecto por ele e pela tua irmã!"

São amores absolutamente diferentes. Sinto-me de ambos, faria quase tudo por ambos, daria a minha vida por ambos, admiro e defendo ambos (entre outras similitudes). No entanto, o meu amor pela minha irmã é mais antigo (nasceu antes dela) e mais certo na medida em que sei que nunca morrerá, que nada nos separará. É também um amor mais seguro, porque nunca duvidaria do amor da minha irmã por mim nem outros amores que ela possa sentir porão em causa o nosso, porque o meu lugar nela será sempre meu e apenas meu (e vice-versa). Ou seja, no meu amor pela minha irmã não há lugar para ciúmes ou "substituições", rompimentos, afastamentos, traições, etc. Se nos chateamos, não se coloca em causa se vamos ficar sem falar uma com a outra ou se a nossa relação vai acabar. Ora, com o meu amor por ele, passa-se o inverso. Há todas essas possibilidades. E, logo, uma maior insegurança e medo de o perder, de sofrer. Não é uma questão, no meu caso, e em relação a eles, de diferença de intensidade no amor. É, acima de tudo, uma diferença de tipo de amor. Como se os vários amores que eu posso experienciar se encontrassem em linhas paralelas, que nunca se encontrarão. Consequentemente, a forma de expressar os diferentes amores, tem pontos em comum e pontos que divergem. O sexo é o mais evidente. É uma das formas como vivo o meu amor pelo amante, e não por familiares ou amigos. Eu tenho preconceitos, mas não me parece que a minha concepção de amor ou a forma como o demonstro seja um deles. Digo e faço o que penso e sinto. Dava-me muitíssimo mais jeito conseguir ter a tua visão deste assunto. Poderia ser muito mais feliz e tornar outra pessoa mais feliz. Mas não consigo. Não consigo ir contra mim mesma.





"- Tal como a Flor, também tu pareces confundir paixão com amor!
É possível estar-se apaixonado, sem amar."

É perfeitamente possível amar sem paixão (olha o meu amor pela minha irmã). Ainda assim, o meu amor por ele é um Amor-paixão. Primeiro apaixono-me, depois nasce dessa paixão um amor profundo. Há quem diga que, em casamentos (com ou sem papel) de longa data, a paixão acaba por desaparecer e o amor fica (ou não). Não sei se é verdade ou se virá algum dia a ser a minha verdade, nunca soube o que era uma relação de mais de 4 anos. Portanto, o meu Amor-paixão manteve-se durante esse tempo (e mais) por um mesmo homem.









"- Se calhar é por isso que tantos amores acabam…
Coloca-se tanta ênfase no sexo como expressão do amor, que quando existe sexo extra-conjugal se considera que algo vai mal no casamento!"

Sim, para mim, se há sexo extra-conjugal É porque algo não está bem no casamento. Chama-me retrógrada à vontade, mas para mim, se não é com a tua mulher que queres ter o máximo de intimidade, então tem de haver algo errado na vossa relação. E esta questão é demasiado importante e complexa para conseguir expor o meu ponto de vista em meia dúzia de pinceladas. Mas afianço-te que nunca iria procurar fora da minha relação aquilo que tivesse nela. E, se não tivesse, e não houvesse doenças ou limitações que o justificassem, então talvez o casal já não o fosse.





"- Se não amares ninguém… abstinência, sempre?
Noites avulsas? Amigos coloridos, nada?"

Odeio a ideia de amigos coloridos, se queres franqueza (NADA contra quem os tem, se for feliz assim e os seus amigos/as também). Noites avulsas, pesar-me-ão sempre na consciência como algo que não me satisfez e, consequentemente, não fez feliz que as teve comigo. Não me preenche, não me traz prazer, não me diz nada. Porque em mim, desinibição, loucura, desejo e orgasmo, corpo e mente, andam de mãos dadas com o amor.

Just for the record, eu fui sempre vista com a ovelha negra da família, a rebelde sem causa, a estouvada que teve muitos namorados. As máximas patriarcais entravam por um ouvido e saíam por outro. Sou eu.

homempasmado disse...

“… São amores absolutamente diferentes. Sinto-me de ambos, faria quase tudo por ambos, daria a minha vida por ambos, admiro e defendo ambos (entre outras similitudes). …”
- Com estas semelhanças, como podes pensar que “…São amores absolutamente diferentes…”?

--

“… No entanto, o meu amor pela minha irmã (…) não se coloca em causa se vamos ficar sem falar uma com a outra ou se a nossa relação vai acabar. …”
(…)
“… Ora, com o meu amor por ele, passa-se o inverso. Há todas essas possibilidades. E, logo, uma maior insegurança e medo de o perder, de sofrer. …”

- Poderia entrar em exemplos de amores filiais que deram torto, mas não é isso que está em questão aqui. :-)
Parece-me que acabaste de fazer uma defesa da separação do amor e do sexo e apresentaste bons exemplos para se pensar que o amor sem sexo tem mais hipóteses de durar…

--

“… Não é uma questão, no meu caso, e em relação a eles, de diferença de intensidade no amor. …”
- Penso que percebi, e gostei da tua explicação.

--

“… É, acima de tudo, uma diferença de tipo de amor. Como se os vários amores que eu posso experienciar se encontrassem em linhas paralelas, que nunca se encontrarão. …”
- Eu interpreto assim:
A (grande) diferença que vejo no teu amor pela irmã e pelo amado, recai nas condições de constância que estabeleces a priori para o amor de ambos.
Para a irmã, acreditas (erradamente ou não, não interessa) numa incondicionalidade para esse amor.
Para o amante, duvidas e não o sentes como incondicional! Pode acabar por si, ou alguém de fora pode vir a pô-lo em causa!
Corrige-me s.f.f.
:-)

--

“… O sexo é o mais evidente. …”
- Se é o mais evidente, quais são os outros?

--

“… Eu tenho preconceitos, …”
- Dá-me dois exemplos!

--

“… mas não me parece que a minha concepção de amor ou a forma como o demonstro seja um deles. Digo e faço o que penso e sinto. …”
- Isso não é garantia que a tua forma de pensar e sentir não seja preconceituosa. Um dos problemas dos preconceitos é que estão tão enraizados que muitas vezes nem sequer nos apercebemos que estão lá!
Se pensas que dizer e agir como pensas e sentes te livra de preconceitos, não compreendes a natureza dos mesmos e consequentemente, terás muita dificuldade em livrar-te deles!

--

“… Dava-me muitíssimo mais jeito conseguir ter a tua visão deste assunto. Poderia ser muito mais feliz e tornar outra pessoa mais feliz. Mas não consigo. Não consigo ir contra mim mesma. …”
Talvez te desse, mas não penses que isso te tornaria mais feliz. Acredita que por vezes desejei ser como tu e se o fosse, sei que seria feliz!

Mas tal como tu, não consigo ir contra aquilo em que acredito!

--

E será que tens realmente consciência do que é “ser como eu”?
Dizes “…e tornar outra pessoa mais feliz …”
- Pode ser o contrário, por seres como eu, a outra pessoa poderia ser infeliz!
:-(

--//--

”… Primeiro apaixono-me, depois nasce dessa paixão um amor profundo. …”
- Foi esse o caso, ou tem sido assim? Primeiro paixão, depois amor?

--

“… em casamentos (com ou sem papel) de longa data, a paixão acaba por desaparecer e o amor fica (ou não). …”
- Talvez a paixão concretizada desapareça, porque, sendo baseada sobretudo no que idealizamos, a realidade sirva como balde de água fria. E depois, sendo um sentimento/sensação muito intenso, cause habituação!

--//--

As tuas opiniões expressam vários preconceitos comuns:

”… se há sexo extra-conjugal É porque algo não está bem no casamento. (…)
- Lá estás tu a misturar sexo com amor. Existem vários motivos para haver sexo fora do casamento, e este permanecer bom!
Não te parece que seria melhor fundamentares essa mistura antes de avançar com esses clichés?


“… se não é com a tua mulher que queres ter o máximo de intimidade, então tem de haver algo errado na vossa relação. …”

- O sexo não é a maior intimidade que se pode ter com outra pessoa. E se essa é a tua justificação para o erro, :-(


--


”… E esta questão é demasiado importante e complexa para conseguir expor o meu ponto de vista em meia dúzia de pinceladas. …”

- Podes gastar as pinceladas que quiseres, eu sou paciente.
Ou é um assunto que preferes não abordar?


--


”…nunca iria procurar fora da minha relação aquilo que tivesse nela. …”
- :-( não deves estar a ver bem o que dizes. E quem é que faz isso?

--

”… E, se não tivesse, e não houvesse doenças ou limitações que o justificassem, então talvez o casal já não o fosse. …”

- Estás a admitir condições para o sexo extra conjugal?
a) Doença.
b) Limitações.
Sobre a) nada a dizer. Sobre b), que espécie de limitações?


--//--


”… Odeio a ideia de amigos coloridos, …”
- É pena, em termos de relações interpessoais, ser capaz de ter amizade, colori-la e regressar à amizade, é, penso eu, uma grande demonstração de maturidade.
--

”… se queres franqueza…”
- Sempre!

--

”… Noites avulsas, pesar-me-ão sempre na consciência como algo que não me satisfez …”
- Compreendo e faz sentido, tendo em conta a tua maneira de sentir.

--

”… Just for the record, eu fui sempre vista com a ovelha negra da família, a rebelde sem causa, a estouvada que teve muitos namorados. As máximas patriarcais entravam por um ouvido e saíam por outro. Sou eu. …”
- Ahahahahahahahahahahahahah!
Essa teve graça! :-D
Aquilo que para uma família pode ser rebelde, para outra pode ser normal… ;-)

A tua maneira de pensar neste assunto, está cheiinha de máximas patriarcais. Mas tu não o notas, porque fizeste dessas máximas um pilar do teu ser e do que acreditas como correcto!

E já agora, penso que a melhor maneira de levar uma pessoa a pensar/fazer o que pretendemos, é convencê-la que os seus interesses, são os nossos!


--//--


Os sintomas do amor, segundo a Patrícia:
(acrescento que, na minha opinião, dizer quais os sintomas, não é dizer o que é o amor)

A coisa está assim, agora:
“…
1. Quando amamos profundamente:
a) Sentimos que queremos passar o resto da vida a fazer amor (outro tipo, estás a ver?) com essa pessoa.
b) Amor dá sentido ao sexo. Sexo sem amor não interessa.
c) Que seríamos capazes de arriscar a vida por ela,
d) Que não queremos perspectivar o dia-a-dia sem ela.


2. Não me parece que fosse possível este tipo de dedicação a várias mulheres ou homens.

Patrícia disse...

São amores diferentes porque os sinto diferentes, porque estar com um e com outro é diferente, porque as saudades doem de modo diferente, porque os olho de modo diferente…



“Parece-me que acabaste de fazer uma defesa da separação do amor e do sexo e apresentaste bons exemplos para se pensar que o amor sem sexo tem mais hipóteses de durar…”

Não, não é uma questão de amor com ou sem sexo. É uma questão de amor por uma irmã, que é como gémea e que é “minha” há mais de 20 anos, e por uma pessoa que conheço há meia dúzia de meses.



"Para a irmã, acreditas (erradamente ou não, não interessa) numa incondicionalidade para esse amor.
Para o amante, duvidas e não o sentes como incondicional! Pode acabar por si, ou alguém de fora pode vir a pô-lo em causa!
Corrige-me s.f.f.”

Não corrijo, estás certo. :) É, pelo menos, uma das diferenças.



“- Se [o sexo] é o mais evidente, quais são os outros?”

Voltamos às diferenças… o tipo de intimidade que se estabelece com o amado e com a irmã também são muito diferentes… Se a relação de amor com a minha irmã (e outros familiares e amigos) me bastasse, poderia sempre satisfazer o desejo sexual através de sexo casual e descomprometido. Mas não, o sexo, por muito bom que seja, não é suficiente. Os restantes elementos são talvez mais difíceis de apontar e nascem espontaneamente de acordo com a personalidade das duas pessoas que formam o casal. Apaixonei-me sempre por amigos, porque, antes de mais, o meu amado tem de ser um super-amigo, alguém em quem eu confie cegamente. Daí precisar da tal exclusividade, fidelidade, etc. Tem de ser alguém a quem me possa atirar em queda livre, mas sem o medo de cair (sim, até agora, caí sempre. Mas olha, lá me levantei, a custo). Sim, do amado, quero mais do que do amigo, da irmã, do amante. Quero um tudo. O mesmo tudo que eu dou, que quero e preciso de dar.



“- Dá-me dois exemplos [de preconceitos]!”

Sou preconceituosa em relação a quem acha que as diferenças de carácter estão ligadas à cor de pele, discuti demasiadas vezes este assunto com várias pessoas. Claro que ficámos sempre todos na mesma. O mesmo em relação a homofóbicos. Houve um único a quem consegui fazer ver as coisas de uma perspectiva diferente.


“Se pensas que dizer e agir como pensas e sentes te livra de preconceitos, não compreendes a natureza dos mesmos e consequentemente, terás muita dificuldade em livrar-te deles!”

Pois, deves ter razão. É sempre mais fácil fazer observações objectivas quando se está “de fora”.



“E será que tens realmente consciência do que é “ser como eu”?
Dizes “…e tornar outra pessoa mais feliz …”
- Pode ser o contrário, por seres como eu, a outra pessoa poderia ser infeliz!”

Não, não tenho. Ainda estou a tentar perceber-te, Pasmadito. Acredito que a tua maneira de encarar o amor e o sexo se possa tornar dolorosa para uma pessoa que esteja apaixonada por ti.



“- Foi esse o caso, ou tem sido assim? Primeiro paixão, depois amor?”

Sim, sempre. Primeiro amizade, depois paixão, depois amor e paixão e amizade. :)





“As tuas opiniões expressam vários preconceitos comuns:
… se há sexo extra-conjugal É porque algo não está bem no casamento. (…)
- Lá estás tu a misturar sexo com amor. Existem vários motivos para haver sexo fora do casamento, e este permanecer bom!
Não te parece que seria melhor fundamentares essa mistura antes de avançar com esses clichés?”

HP, aqui é mesmo uma questão de quem eu sou. Se o meu casamento estivesse bem, eu NUNCA iria procurar satisfazer o meu desejo sexual com o corpo de outro homem. Não poderia trair o meu amor, os meus valores, o compromisso estabelecido. E, como já te disse, no meu corpo, o orgasmo só é atingido se me sentir apaixonada pela pessoa com quem tenho relações sexuais (a experiência comprovou-mo sempre). Eu misturo sexo com amor por isto mesmo. Porque me fartei de sexo sem amor, porque não me diz nada. E porque, tendo sexo com amor, jamais procuraria o contrário!!! E sentiria uma dor terrível se me fizessem isso, se me traíssem. Dou tudo, dou-me por completo, espero o mesmo.



“- O sexo não é a maior intimidade que se pode ter com outra pessoa. E se essa é a tua justificação para o erro, :-(“

Lamento, mas, para mim, é definitivamente uma das maiores intimidades. É pessoal e intransmissível. Exclusividade e fidelidade (não é uma questão de posse) são-me essenciais.




” - Podes gastar as pinceladas que quiseres, eu sou paciente.
Ou é um assunto que preferes não abordar?”

Não me importo de o abordar, apenas tenho a sensação de que será como discutir religião. Eu tenho as minhas crenças, tu, as tuas.


”…nunca iria procurar fora da minha relação aquilo que tivesse nela. …
- :-( não deves estar a ver bem o que dizes. E quem é que faz isso? ”

Então, desculpa, mas está a escapar-me algo…




” - Estás a admitir condições para o sexo extra conjugal?
a) Doença.
b) Limitações.
Sobre a) nada a dizer. Sobre b), que espécie de limitações?”

Não estou a admitir para mim, estou a dizer que compreenderia, nesses casos. Limitações como paralisias resultantes de acidentes, por exemplo (não são doenças, são limitações físicas). Não amaria menos o meu marido (namorado, whatever) se ele não pudesse ter relações sexuais comigo e, por extremamente importante e necessário que o sexo seja para mim, se o amasse, não procuraria alguém para preencher essa “lacuna”.




“- É pena, em termos de relações interpessoais, ser capaz de ter amizade, colori-la e regressar à amizade, é, penso eu, uma grande demonstração de maturidade.”

Eu dou-lhe colorido sem sexo. É assim. Quem quer mais, afasta-se sempre. E se eu quiser mais, não é uma amizade colorida que procuro, ainda que seja apenas isso que tenham para me dar. Não me chega e fico infeliz.




“A tua maneira de pensar neste assunto, está cheiinha de máximas patriarcais. Mas tu não o notas, porque fizeste dessas máximas um pilar do teu ser e do que acreditas como correcto!”

Disseca-me, vá. ;)

Llyrnion disse...

"Sou preconceituosa em relação a quem acha que as diferenças de carácter estão ligadas à cor de pele, discuti demasiadas vezes este assunto com várias pessoas. Claro que ficámos sempre todos na mesma. O mesmo em relação a homofóbicos. Houve um único a quem consegui fazer ver as coisas de uma perspectiva diferente."

Isto não é ser preconceituosa, amiga. As pessoas q dás como exemplos é q são preconceituosas.

Preconceito é estabelecer um conceito antes de teres informação concreta para tal. Tu crias a tua opinião depois de conheceres os indivíduos, e de saberes como eles são.

Qt ao tipo de amor q cada um defende...

Para começarmos a chegar a alguma conclusão (mesmo q fosse apenas "concordar em discordar"), talvez devêssemo começar por definir o "entrega total".

Concordo com o HP qd diz q o sexo não é o momento de maior intimidade entre duas pessoas. No entanto, o momento de maior intimidade q tive até hj, apesar de não ser sexo, foi sobre sexo. Foi qd apresentei à minha companheira da altura uma "lista" (não-extensiva, é certo) das minhas fantasias, e ouvi o q ela tinha a dizer. Infelizmente, a relação não durou o suficiente para a ajudar a deitar abaixo as barreiras q a impediam de fazer o mesmo.

homempasmado disse...

“… São amores diferentes porque os sinto diferentes, porque estar com um e com outro é diferente, porque as saudades doem de modo diferente, porque os olho de modo diferente…”

- O “nosso” amor é aquilo que nós sentimos e assim, nada posso dizer acerca da forma como sentes. Tu é que sabes.
Comigo, não funciona assim…
:-)

--

“… É uma questão de amor por uma irmã, que é como gémea e que é “minha” há mais de 20 anos …”

- Existem montes de histórias de amores familiares que deram torto até ao extremo!
Ser tua irmã, não é condição única nem suficiente para a amares. A intimidade que tens com ela não advém apenas de ser tua irmã, mas do bom relacionamento que tens com ela!

--

“… o tipo de intimidade que se estabelece com o amado e com a irmã também são muito diferentes…”

- Sem dúvida que o passado que tens com ela marca uma certa diferença nas tuas memórias e nas tuas expectativas. Mas eu não vejo isso como uma forma de amor diferente!

Tu poderias ter mais intimidade, partilhar mais com o teu Apaixonado do que com a tua irmã, se não te desses bem com ela!

Tu, na realidade, limitas-te a afirmar que a intimidade com irmã é diferente do que com o amado. Ok, tudo bem, é assim que sentes e não serei eu a desmentir-te.

Mas dizeres o que sentes é diferente de transpor isso para uma questão geral!
De fundamentares porque é que “tem” de ser assim!

E se não “tem” de ser assim, então talvez o que sintas seja o resultado de algo específico, que pertence a ti. Que limita a forma como sentes essas emoções.

Mas essas limitações serão o resultado da educação ou da nossa “natureza”?

--

Onde fica então esse amor filial/familiar?

Eu penso que essa diferença é uma ilusão que resulta da nossa educação.

Do estereótipo que a família vem primeiro, que é especial!
Do estereótipo que o amor e o sexo andam juntos, o que “obriga” pessoas que pensam como tu, a avançarem com explicações “cabeludas” (ahahahahah) para tentarem justificar que o que sentem pelos pais, amigos, irmãos também é amor (mas diferente).

O meu argumento base “contra” esse tipo de amor é o seguinte:
Se ser familiar, fosse condição suficiente para o amor, todos os pais/filhos/irmãos se amariam.
Como isso não acontece, algo mais deve existir para que esse amor exista.

Algo que não tem a ver com a sexualidade ou com o parentesco!

É justamente esse algo que importa definir e compreender, para que se possa compreender o que é o amor!
(digo eu, em grego:-)

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“… Se a relação de amor com a minha irmã (…) me bastasse, …”

- Mas é natural que não baste! Tu sentes desejo de constituir família tua e isso só é possível para ti com a formação de um casal!
Mas isto não significa que o amor seja diferente, apenas que os critérios e objectivos a preencher são diferentes.

--

“… Apaixonei-me sempre por amigos, …”

- Tem lógica!
:-)

E é claro, paixão à primeira vista é um conceito estranho a ti!
;-)

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Não percebi os exemplos de (teus) preconceitos que mencionas!
Fico com a ideia que os preconceituosos eram as pessoas com quem falaste sobre esses assuntos!

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hp:
Se pensas que dizer e agir como pensas e sentes te livra de preconceitos, não compreendes a natureza dos mesmos e consequentemente, terás muita dificuldade em livrar-te deles!

P:
”…Pois, deves ter razão. É sempre mais fácil fazer observações objectivas quando se está “de fora”. …”

- Também é certo o que dizes, mas não era aí que eu queria chegar!
Parecia que estavas a dizer que as pessoas não têm preconceitos se forem honestas a si próprias quando pensam e agem!
E isso, penso eu, não é correcto!

--

”... Ainda estou a tentar perceber-te, Pasmadito. …”

- Tens andado com rodeios, em vez de ires direita ao assunto!
eheheheheheh!

--

“… a tua maneira de encarar o amor e o sexo se possa tornar dolorosa …”

- Tiro-te a dúvida! É sem dúvida doloroso para essa pessoa!
Mas se ela pensar como eu, está no paraíso!

O mesmo não se passa com as pessoas monogâmicas. O espectro da traição, do ciúme, da posse, anda sempre a pairar…
bbbuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!
:-)

--

”… aqui é mesmo uma questão de quem eu sou. …”

- Acredito em ti. Não és a única que conheço assim.

Mas não se trata de ti, especificamente, mas de como a tua forma de ser/sentir se enquadra numa perspectiva mais alargada e como se pode perceber os seus mecanismos. Os “porquês”, os “comos”, de se ser assim.

Trata-se de facto, de abrir aquilo em que acreditamos, ao escrutínio do raciocínio alheio. Colocar as nossas crenças “na linha de fogo”.

A minha experiência pessoal é a de que a maioria das pessoas não é capaz de o fazer. Não conseguem, não querem, nem pensam que devem fundamentar aquilo que sentem, como se os seus sentimentos fossem sacrossantos, acima de qualquer crítica!

Para mim, não me chega saber como funciona. Gosto de saber uns quantos porquês!
:-]

--

hp:
O sexo não é a maior intimidade que se pode ter com outra pessoa.

P:
”… Lamento, mas, para mim, é definitivamente uma das maiores intimidades. É pessoal e intransmissível. Exclusividade e fidelidade (não é uma questão de posse) são-me essenciais. …”

hp:
Rapariga, se é uma das maiores, não é a maior! ;-)

Mas tendo em conta o que contaste, percebo a intimidade que te vem com o sexo!

A exclusividade e a fidelidade têm tudo a ver com a posse. Como podes auto-enganar-te dessa forma?

--

“… Eu tenho as minhas crenças, tu, as tuas. …”

- Certo!
Eu não procuro mudar-te nem convencer-te!

Quero compreender os porquês. Quero ouvir bons argumentos da tua pessoa, argumentos esses que permitam fundamentar as tuas crenças de tal forma que eu não tenha argumentos para rebater!

No fundo, para mim é como jogar xadrez!

Eu procuro uma boa derrota ou um bom empate! A vitória, nada me traz de novo!

--

“… Então, desculpa, mas está a escapar-me algo…”

- Está a escapar-te o óbvio contido na frase!
eheheheheh!

As pessoas que procuram sexo extra-conjugal e/ou amizade extra conjugal, procuram algo que não existe na relação!

É tão óbvio que até dói. NINGUÉM nos completa!

No entanto, continua-se a exigir do casamento, da amizade, que uma única pessoa cumpra o impossível!

--

“…Quem quer mais, afasta-se sempre. …”

- Sempre? Deve ser-te difícil…
:-(

--

hp:
A tua maneira de pensar neste assunto, está cheiinha de máximas patriarcais. Mas tu não o notas, porque fizeste dessas máximas um pilar do teu ser e do que acreditas como correcto!

P:
Disseca-me, vá. ;)

O post já vai longo. Irei fazer um texto aparte sobre o assunto.
:-)

Confusa disse...

talvez possamos amar duas ou mais pessoas ao mesmo tempo, qnd se diz q s ama s0' uma talvex nos estejams a referir aquela que e' melhor para n0's (nao quer dizer que um casal esta predestinado a conhecer.s, a apixonar.s, a amar.s mas que certament que ha relacionaments mais faceis e com probabilidades d ter um futuro)... por outro lado, nao ha duas pessoas iguais. se n0's amamos alguem pela sua personalidade, pela dinamica estabelecida entre n0's, entao certament que s0' amamos uma pessoa.

homempasmado disse...

Olá Rita,

Não percebo muito bem o teu raciocínio:

1.
"...q s ama só uma talvex nos estejams a referir aquela que é melhor para nós..."

e depois:

"...pela dinamica estabelecida entre n0's, entao certament que s0' amamos uma pessoa."


Não estarão um pouco em contradição, estas duas afirmações?

A minha experiência pessoal é a de ser possível amar uma pessoa e saber que a relação não tem futuro.
E conheço outros exemplos de relações que terminaram, apesar de as pessoas envolvidas se amarem.

Logo, o que é que o amor tem a ver com a pessoa que é melhor para nós?


2.
Não existem duas pessoas iguais. Certo, mas então e tendo em conta os motivos que avançaste, porque podemos amar várias pessoas durante a nossa vida?
(Eu até tenho uma resposta, mas esta não invalida o meu raciocínio :-D )


3.
As tuas Premissas:
"...não ha duas pessoas iguais..."
"...se n0's amamos alguem pela sua personalidade, pela dinamica estabelecida entre n0's..."


A tua Conclusão:
"...entao certament que s0' amamos uma pessoa..."


Acredito que o teu raciocínio está incorrecto pelos seguintes motivos:

a) Não estabeleceste que as diferenças entre as pessoas são de tal ordem que invalidam relacionamentos amorosos com outras pessoas.

Aliás, penso que o teu raciocínio quase que nos conduz ao conceito de alma gémea, o que me parece não ser a tua intenção.

b) Se, apesar de as pessoas serem diferentes, houverem suficientes semelhanças entre elas (e nós sabemos que existem), o que impede que duas pessoas diferentes possam ter esse núcleo essencial que nos fará amá-las, apesar dos seus defeitos, que, aliás, poderão ser diferentes nessas duas pessoas?


4. Como fazer então, quando aparecem simultâneamente na nossa vida, duas pessoas que têm esse núcleo?

Como vamos escolher entre as duas. Sim, porque TEMOS de escolher. A sociedade diz-nos que não podemos amar duas pessoas ao mesmo tempo, que não podemos tê-las ao mesmo tempo (A carneirada segue em rebanho, é certo e sabido).

Assim sendo, vamos escolher usando os nossos critérios pessoais, as nossas necessidades do momento, a nossa maturidade, ou como tu tão bem dizes, "...a dinâmica estabelecida...".

Vamos convencer-nos de que aquela que escolhemos é a que realmente amamos, enquanto que a outra, no melhor dos casos, era uma aproximação!

Mas, e se essa pessoa escolhida não tivesse aparecido para complicar a coisa? Teríamos ficado com a primeira? Nesse caso, já não seria algo parecido com amor? Já seria o "verdadeiro" amor?

Voltamos à mesma conversa que já referi, qual é essa propriedade misteriosa do amor que nos impede de amar duas pessoas ao mesmo tempo?