sexta-feira, dezembro 26, 2008

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Curtas #0033 anedota

Esta já é velhinha, mas recebi-a hoje novamente por mail e resolvi publicá-la :-)
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Um casal muçulmano 'moderno', que prepara o casamento religioso, visita um Mullah para pedir conselhos.

No final, o Mullah pergunta se eles têm mais alguma dúvida.

O homem pergunta:
Nós sabemos que é uma tradição no Islão os homens dançarem com homens e mulheres dançarem com mulheres. Mas na nossa festa de casamento, gostaríamos de sua permissão para que todos dancem juntos.


-Absolutamente, não! - diz o Mullah - É imoral. Homens e mulheres sempre dançam separados.

- Então após a cerimónia eu não posso dançar nem com minha própria mulher?

- Não - respondeu o Mullah - É proibido pelo Islão.

- Está bem - diz o homem

- E que tal sexo? Podemos finalmente fazer sexo?

- É claro! - responde o Mullah - Alá é Grande! 
No Islão, o sexo é bom dentro do casamento, para ter filhos!

- E quanto a posições diferentes? - pergunta o homem.
- Alá é Grande! Sem problemas! - diz o Mullah.

- Mulher por cima? - pergunta o homem.
- Claro! - diz o Mullah - Alá é Grande. Pode fazer!

De gatas?
- Claro! Alá é Grande!

- Na mesa da cozinha?
- Sim, sim! Alá é Grande!

- Posso fazê-lo, então, com as minhas quatro mulheres juntas, em colchões de borracha, com uma garrafa de óleo quente, alguns vibradores, chantilly, acessórios de couro, um pote de mel e vídeos pornográficos?

-Claro que pode! Alá é Grande!

-Podemos fazer de pé?

- Nãããããão, isso é que não! DE MANEIRA NENHUMA! diz o Mullah.

- E porque não? pergunta o homem, surpreso.

- Porque vocês podem entusiasmar-se e começar a dançar....


quinta-feira, dezembro 11, 2008

#00.182 prazer, maldade e estupidez

...naquilo que dá prazer a dois e não prejudica ninguém nada há de mal. O que está realmente mal é haver quem pense que o prazer tem alguma coisa de mal...

Aquele que se envergonha das capacidades de fruição do seu corpo é tão estúpido como o que se envergonha de ter aprendido a tabuada da multiplicação.
p.116

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“Ética para um jovem”
Fernando Savater
Editora Dom Quixote


sexta-feira, outubro 31, 2008

Curtas #0031


"Graças a deus que és um homem! "
Diz a legendazinha lá em baixo.

Lá isso não sei, mas parece-me que a simplicidade também tem as suas limitações.

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Imagem roubada daqui:

sexta-feira, setembro 26, 2008

Curtas #0030

As pessoas “avariadas” são como as crianças:
Quando brincamos com elas temos de ter cuidado para não as magoar e estar com atenção para que não nos magoem.

terça-feira, setembro 23, 2008

#00.180 Até que a morte nos separe

"O amor é um animal felino, mutante, não resiste a cativeiros forçados. Podemos ter a sorte de amar e ser amados «até que a morte nos separe» - mas a verdade é que só podemos prometer amarmo-nos até ao dia da morte do amor, esse ser misterioso, independente e livre".

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Retirado da: Crónica Feminina
de: Inês Pedrosa
na página 6 da revista Única de 12 de Abril de 2008


segunda-feira, setembro 01, 2008

#00.179 Do amor e da paz

No último sábado fui ao casamento de uma amiga. 
Ela estava feliz, o que a mim me pareceu uma insensatez, sobretudo porque o noivo, um economista argentino, chorava nos braços do padrinho, como um rapazinho ao qual tivessem roubado a bola de futebol assinada pelo Cristiano Ronaldo.

Depois reflecti melhor e cheguei à conclusão de que se o noivo chorava daquela forma, com um desespero tão sincero, talvez, afinal, o casamento deles tivesse um futuro interessante. O noivo, ao menos, parecia consciente do que o esperava.

Vejo o casamento como uma rendição.
Ninguém casa por amor, pelo contrário: ao casarmos desistimos do amor, estamos a trocar o amor pelo conforto e a segurança.

Ora o amor tem tanto a ver com a segurança ou com o conforto quanto um leão domesticado tem a ver com um leão.

O casamento costuma ser o último parágrafo dos contos de fadas e dos romances cor-de-rosa.

Depois disso não acontece mais nada que mereça a pena ser relatado. Chama-se a isto tédio. O tédio é o que de melhor pode acontecer num casamento.


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Retirado da crónica:
Do amor e da pazde: Faíza Hayat
na página 6 da revista Pública de 6 de Julho de 2008

domingo, agosto 24, 2008

#00.178 Simone de Beauvoir - parte 2

Como não vou muito à bola com o Sartre e a "sua Náusea", até gostaria de pegar naquele cliché: "Atrás de um grande homem está uma grande mulher" e torná-lo, no caso da Simone:

“Atrás de um pequeno homem, está uma grande mulher!”


#00.177 Simone de Beauvoir


Em 1976, numa entrevista, Beauvoir dizia que as mudanças pelas quais lutara não se realizariam durante a sua vida. “Talvez daqui a quatro gerações.” Que importância tem hoje ‘O Segundo Sexo’? Cem anos depois do seu nascimento, a França ainda se comove com ela.

Publicado em 1949, tinha Simone de Beauvoir 41 anos, ‘O Segundo Sexo’ viria a ser considerado uma marca fundamental no pensamento feminista do século XX, abrindo caminhos para a teorização em torno das desigualdades construídas em função das diferenças entre os sexos.

Composto por dois volumes (Factos e Mitos e A experiência vivida), o livro debate a situação da mulher, do ponto de vista biológico, sociológico e psicanalítico, inaugurando problemáticas relativas às instâncias de poder na sociedade contemporânea e às diferentes formas (tantas vezes conflituais) de dominação.
Reflectindo, pois, sobre as razões históricas e os mitos que fundaram a sociedade patriarcal e a sustentam e que trataram a mulher como um “segundo sexo”, silenciando-a e relegando-a para um lugar de subalternidade, Beauvoir irá apontar soluções que visam à igualdade entre os seres humanos.

Fonte de inspiração para autoras como Betty Friedan, que lhe dedicou o seu já clássico ‘The Feminine Mystique‘ (1963), ‘O Segundo Sexo’ antecipa, de forma admirável, o feminismo da chamada “segunda vaga”, que surgiria quase três décadas depois, com o movimento de libertação das mulheres a desenvolver-se, no final dos anos 60, a par de outros movimentos sociais de contestação, de carácter transnacional - as lutas pelos direitos cívicos, os movimentos estudantis, as preocupações ecossistémicas, a reivindicação, por parte das minorias, de uma voz e de um lugar que fosse seu. “A disputa durará enquanto os homens e as mulheres não se reconhecerem como semelhantes, isto é, enquanto se perpetuar a feminilidade como tal”, escrevia Beauvoir.

Entendendo “feminilidade” como uma construção, a teorização de Beauvoir é levada a cabo a partir da dupla edificação deste conceito dentro do paradigma patriarcal - o “feminino” como essência e o “feminino” como código de regras comportamentais.

Sexo e género.
Antecipando os movimentos feministas, Beauvoir antecipa ainda aquela que viria a ser uma das pedras de toque teóricas para os estudos feministas de raiz anglo-americana: a apropriação da palavra “género”, para significar a construção social de uma diferença orientada em função da biologia, por oposição a “sexo”, que designaria somente a componente biológica.

É a partir da frase já célebre de O Segundo Sexo “On ne naît pas femme, on le devient” (”Não nascemos mulheres, tornamo-nos mulheres”), que teóricas feministas como Joan Scott irão, nos anos 80, reflectir sobre o estabelecimento da diferença entre “sexo” e género (”diferença sexual socialmente construída”), desafiando e questionando a noção de que a biologia é determinante para os papéis atribuídos às mulheres e de que existe uma “essência feminina”.

Assim, dentro de um quadro conceptual feminista, a questão proposta por Beauvoir é crucial, visto denunciar o carácter eminentemente artificial da categoria “mulher”: um ser humano do sexo feminino “não nasce mulher”, antes “se torna mulher”, através da aprendizagem e repetição de gestos, posturas e expressões que lhe são transmitidos ao longo da vida.

Só por isto se teria O Segundo Sexo mantido actual. Surpreendente é que novas teorias, como a teoria queer, surgida há pouco mais de uma década, emergente dos estudos feministas e devedora dos estudos gay e lésbicos, revisitem Beauvoir e a sua célebre frase.


Tendo como um dos seus nomes mais marcantes Judith Butler, a teoria queer assume-se como emancipatória, ao defender que as identidades são criadas pela repetição de certos actos culturalmente inscritos no corpo. Reagindo às políticas de identidade, que haviam sido, nas décadas de 70 e 80, fulcrais para o sucesso das políticas de inclusão social, Judith Butler, e o seus Gender Trouble (1990) e Undoing Gender (2004), partem desse “On ne naît pas femme, on le devient”, de Beauvoir, para acentuar a ideia de que a identidade é fluida e instável e de que “género” é um conjunto de actos performativos.

Neste caso, em lugar de se ler “Não nascemos mulheres, tornamo-nos mulheres”, poderia ler-se “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”, ou seja, todos e todas nós aprendemos a construir identidades a partir de modelos aparentemente matriciais, que se foram depois cristalizando, mas que são, eles próprios, simulacros. A ênfase é, pois, colocada na transformação - que, podendo ser limitação, pode igualmente expandir-se para gesto de liberdade.

Em 1976, numa entrevista, Simone de Beauvoir dizia que as mudanças pelas quais lutara não se realizariam durante a sua vida. “Talvez daqui a quatro gerações”, acrescentava.
Para esta jovem teoria, a lição de Beauvoir coloca-se também num “devir”, esse devenir de que, há quase 50 anos, ela falava. Jovem, outra vez, neste ano que celebra o centenário do seu nascimento.

Ana Luísa AmaralEscritora, e professora de Literatura Anglo-Americana e de Estudos Feministas na Faculdade de Letras do Porto

Roubado daqui:

segunda-feira, agosto 18, 2008

#00.176 vingança


Eu torturo a ex-amante do meu marido.


Soube do relacionamento em 2004 e o caso dele terminou.

Torturei-a psicológica e emocionalmente desde então.
Não é difícil.
E ela continua sem saber que sou eu.






-----Email Message-----

Sent: Sunday, August 17, 2008 12:23 PM
Subject: "I Torture My Husband's Ex-Mistress"

I have continually made life hell for a man who used and then dumped me unceremoniously over five years ago.

It's nothing physical - he lives in another state now - but he's been fired because his employers have received notes from me, his flight arrangements are often cancelled, complaints made to his landlord, his electricity mysteriously turned off.

Reading this card, I have decided to stop, because it made me realize that by not letting go, the only one I'm really torturing is myself.

Daqui:

sexta-feira, agosto 08, 2008

Curtas #0029


#00.175 primata foste, primata és...

Não é só a nossa anatomia que é produto da evolução. A nossa sociabilidade, a principal adaptação comportamental dos primatas, é um produto do nosso estatuto de primatas mais evoluídos.

Embora tivesse sido a aprendizagem que nos tornou membros de uma cultura ou de outra, a nossa natureza social é uma característica tão fundamental dos primatas como a respiração.

Toda a variedade de comportamentos sociais humanos desde os laços mãe-filho até ao esforço corporativo, à escolha de um parceiro ou ao ciúme sexual, é influenciada por tendências evolutivas para responder a situações particulares dentro de um certo espectro de reacções emocionais e comportamentais.

Pág. 24/5

“Os símios caçadores”
Craig B. Stanford
Editorial Bizâncio

quarta-feira, julho 02, 2008

#00.174 mudar ou não... eis a confusão

A propósito de não querer mudar outra coisa/pessoa, conheço um cliché engraçado:
"As mulheres quando casam esperam que o homem mude! 
Os homens, esperam que ela não mude!"


Muita confusão deve nascer deste mal entendido!

segunda-feira, junho 23, 2008

#00.173 ...civilização...

(…)
a pretensa civilização estabeleceu a separação entre pulsão sexual e amor.

Também inventou os conceitos de casamento, dinheiro, religião, moral e o que se chama o peso da cultura.

A espécie humana é mesmo estúpida.
(…)

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«A Montanha da Alma»
Gao Xinjian
Publicações D. Quixote
Página 259


domingo, junho 08, 2008

#00.172 morrer de amor

Estranho quem acredita ser possível morrer de amor.

De amor não se morre, vive-se.
 

As pobres criaturas são vítimas, não do amor, mas da estupidez.

Condição tão comum ao ser humano e tantas vezes fatal.

quinta-feira, abril 24, 2008

#00.171 Fernando Pessoa "O amor, quando se revela"

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.


Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

Roubado daqui:

quarta-feira, abril 16, 2008

#00.170 You say i'm a bitch Like it's a bad thing

Um belo livrinho, ao jeito de calendário, feito para estar numa mesa para provocar quem passa, com as mudanças diárias de folha.
Dá-me vontade de ter um trabalho de escritório :-D







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"You say i'm a bitch Like it's a bad thing"
Ed Polish & Darren Wotz
Ten Speed Press

sábado, fevereiro 23, 2008

#00.160 ...macacos pagam por sexo

Na Indonésia

Macacos pagam por sexo(?)
Não sei se a prostituição é a mais velha profissão do mundo mas talvez seja maismais antiga que a espécie humana?


Num estudo junto de uma população de primatas, na Indonésia, descobriu-se que os machos pagam pelos favores sexuais das fêmeas; ou seja, pela cópula esforçam-se em diversos actos de bajulação.

Com este comportamento, os macacos não só conseguem aquilo que pretendem como também o conseguem durante mais tempo.

Os resultados da investigação, que durou 20 meses, foram publicados na Animal Behavior.

Correio de domingo, 17 de Fevereiro de 2008, pág. 7



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Meu comentário: 

Gostaria de saber que actos de bajulação são esses...

#00.159 Vou já falar com a minha prima!

Estudo
Primos com primos ‘apura filhos’

A sabedoria popular diz ’primos com primos dá filhos malucos’, afinal uma forma de censura àquela forma de união. 


Um estudo que incidiu sobre 160 mil casais em 165 anos, na Islândia, revela que estas uniões tendem a ter mais descendentes e um padrão genético mais ‘saudável’, revela a revista Science.

Correio de domingo, 17 de Fevereiro de 2008, pág. 7

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Curtas #0027

(...)

"As revistas masculinas também têm este lado: os homens revelam melhor o seu lado idiota quando julgam que estão perante uma mulher estúpida, só porque ela é bonita."

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"O sexo mede-se melhor do que o amor. 

Sabes logo a seguir se foi bom ou não..."
Iggy Pop

(...)

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Retirado da crónica:
A bela é o monstro?
de: Faíza Hayat
na página 22 da revista Pública de 13 de Janeiro de 2008

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meu comentário:
É engraçado que ou gosto muito de ler a crónica dela ou não gosto nada. 

Assim mesmo, sem meios termos!!!

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Curtas #0026

Banda sonora para aquilo que a gente sabe: 
Sade Adu
Lori Carson


Curtas #0025

António Variações
"Amor de conserva"

Porque o nosso amor
É um amor de conserva
Que nós temos de reserva
Prós dias que hão-de vir

Porque o nosso amor
Entrou naquela rotina
A cumprir aquela sina
Que o fez começar

Porque o nosso amor
O nosso amor
Conserva
O nosso amor

Porque o nosso amor
É uma voz que desafina
Que sabe que nunca atina
Mas que não se quer calar

Porque o nosso amor
É um amor de conserva
Que nós temos de reserva
Prós dias que hão-de vir

Porque o nosso amor
O nosso amor
Conserva
O nosso amor
É um amor de conserva

terça-feira, fevereiro 12, 2008

terça-feira, janeiro 01, 2008

Curtas #0023

Home Is Where the Hatred Is

"Sex o'clock"
Anita Lane

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Infelizmente, tantas vezes que ainda continua a ser assim...