quarta-feira, outubro 27, 2004

#00.010 fidelidade e procriação

Se considerarmos a fidelidade sexual do ponto de vista reprodutivo - como forma de assegurar a origem da descendência - veremos que faz todo o sentido o homem tentar garantir a da esposa e não reclamar para si igual comportamento.

Lá diz o ditado “filho de tua mãe és, de teu pai, serás”.

O mesmo não se pode defender para a mulher.
Nas sociedades modernas onde a mulher é dona e senhora do seu nariz a fidelidade sexual é um anacronismo ridículo.

A mulher não duvida que a prole é sua.
É financeira e legalmente independente. 


Porquê assumir para si um conjunto de comportamentos e de valores que apenas ao homem interessam?

As mulheres que TÊM de ser monogâmicas, são umas pobres coitadas, as outras, provavelmente, são pura e simplesmente parvas.

6 comentários:

Unknown disse...

"As mulheres que TÊM de ser fiéis, são umas pobres coitadas, as outras, são pura e simplesmente estúpidas", não acho nada. Eu sou fiel e não sou estupida :)

homempasmado disse...

Eu também não sei se és estúpida, não conheço os teus motivos para a tua fidelidade. Talvez os queiras partilhar comigo!

Unknown disse...

Sou fiel porque amo quem tenho ao lado, porque não tenho necessidade nenhuma de ter uma vida dupla. Quem ama é fiel! Capisce?

homempasmado disse...

Capisco!
Compreendo o que dizes, não concordo!

Colocaste uma premissa: "quem ama é fiel!"
Para que eu a aceite como correcta, tens de a defender eficazmente.

A 1ª pergunta que te faço é: Porquê?
Porque é que quem ama TEM de ser fiel (assumindo então que, se não é fiel não ama)

2ª pergunta: qual a relação entre o amor e o sexo?

Unknown disse...

Não sei se serei eficaz nas respostas, ou se me farei entender.

Quanto à 1ª pergunta: Eu acho que quem ama é fiel porque não sente necessidade de ter outra pessoa que não seja aquela que ama. Se tens a pessoa que amas, que desejas, com quem queres construir um futuro, não sentes necessidade de trair, porque já tens a pessoa que queres. Sei que ao longo da vida nos vemos a braços com situações que nos incitam à infidelidade, mas quando amas de verdade acho que, pesando os prós e os contras, acabas por decidir não destruir aquilo que construiste com a pessoa que amas.

Quanto à segunda pergunta: Não sei que te responder mas gostava de saber a tua opinião acerca do assunto.

São questões dificeis de responder e de explicar por palavras. Espero me ter feito entender.

homempasmado disse...

Não penso que tenhas sido eficaz, embora te tenha compreendido (porque te explicaste) bem!

O problema da tua explicação, é que assumes um conjunto de valores, de conceitos, nos quais
acreditas, mas que, penso eu, não questionas.

Alguém disse: "a dúvida é condição do progresso"
Quando não nos questionamos, somos vítimas de preconceitos muito mais antigos que a nossa existência.

A força desses preconceitos, é, justamente, sempre terem feito parte do nosso dia-a-dia.
Estão de tal forma integrados no nosso quotidiano que nos são tão naturais como respirar!
(e nós não pensamos na nossa respiração, excepto quando começa a faltar!)

Eu não concordo com o que disseste e existe tanta coisa a dissecar na tua argumentação que tornaria pouco prático o uso do blog.
Só a tua frase: "...São questões dificeis de responder e de explicar por palavras..." já dá pano para mangas.

Penso que os blogs não são muito adequados para trocas de ideias mais "densas" e torna-se
desmotivador um tipo de diálogo que possa ter argumentos cruzados e sub diálogos!

Eu gostaria de continuar a debater este assunto contigo, mas preferia fazê-lo por mail, se não te importas.

Sobre a segunda pergunta: dar-te-ei a minha opinião, mas "não aceito" que não saibas
responder. A resposta está intimamente ligada ao que disseste na 1ª pergunta. Se não sabes
na 2ª, interrogo-me se sabes do que falas na 1ª!