Já repararam como muitas (a maioria?) das mulheres ficam ofendidas quando confessamos que o nosso interesse por elas é meramente sexual?
Sobretudo se o fazemos depois de já termos concretizado, uma ou mais vezes, esse nosso instinto animal.
A conversa surge quando elas se encontram preparadas para iniciarem uma relação mais "firme", mais duradoura.
Somos informados, como quem não quer a coisa, que de relação ocasional, devemos constituir-nos em Namorados, ou que, já tendo este estatuto, talvez devamos considerar em unir os trapinhos.
Assim, a frio, sem anestesia, convenhamos que não cai bem.
Aqui começa a festa:
Somos imediatamente acusados de aproveitadores, possuir mau-carácter, "cafajestes" (se a vítima for uma brasileira), insensíveis, sacanas… entre outros acepipes da nossa colorida língua.
No fundo, de sermos iguais aos outros!
(Isso é ofensa?? – hein?!? Houve outros, então não aprenderam a lição?
Se é que existe alguma...)
Apercebemo-nos então, da extensão do nosso crime.
As pobres criaturas tinham como certo que se providenciassem o serviço sexual que desejávamos seríamos "pescados".
Mas nós, exploradores do sexo fraco, mostrámo-nos ingratos e pouco merecedores de todos os sacrifícios que elas tão generosamente efectuaram.
Sim!
Não se convençam, ó homens iludidos, que por um momento sequer, elas gostaram.
Todas aquelas manifestações de prazer e paixão, aqueles convites velados, aqueles olhares lânguidos, os telefonemas que pareciam durar uma eternidade, não eram realmente sinceros.
Nãããão!
foi P U R A e S I M P L E S M E N T E,
um sacrifício.
Um grande, um enorme, um imenso sacrifício...