Um destes dias, fui sair com duas amigas.
Uma delas, colorida.
A certa altura, veio à baila a “utilização” que me davam, tendo a colorida marcado posição sobre o tipo de divertimentos que a outra poderia ter comigo.
“Tudo muito respeitoso” - respondeu
Isto, depois de uma conversa em que a colorida falava de mais dois conhecidos dela, nos quais estava interessada.
Deixando de lado o facto de eu estar a ser considerado como mercadoria consumível (o que não me desagradava naquele contexto), a situação tem o seu “quê” de caricato!
Vejamos, pode-se pensar que ali estão duas raparigas que encaram o sexo com toda a naturalidade, como outra qualquer actividade lúdica, a ponto de o discutirem abertamente.
De facto, não é assim.
Muitas pessoas assumem a sexualidade como coisa natural, saudável, descomplexada, bla, bla, bla.
Mas, na realidade, é apenas tanga.
Quando “apertadas” encolhem-se todas!
Porque razão não poderia a outra amiga dispor de mim, da mesma maneira que a colorida?
Se o sexo é natural (como outra coisa qualquer), se as amigas partilham informação e utilização sobre restaurantes, filmes, livros, comida, amigos/as, etc, porque razão não haveriam de fazer o mesmo sobre os amantes?
Algo como:
Fui com o fulano tal a um restaurante espectacular, devias experimentar!
Ei! E já agora, aproveita e come o gajo que também é apetitoso!
Mas não, quando chega ao sexo, é “tudo muito respeitoso!”
Bah!!!