segunda-feira, maio 29, 2006

quarta-feira, maio 24, 2006

sábado, maio 20, 2006

#00.076 Muitas relações abandonam-se, permanecendo nelas...










Costas com costas, na cama, na vida!

Mãos que não se tocam, que não brincam.
Olhos que não brilham.
Sorrisos de anúncio!


Rotinas e conversas partilhadas sem gosto.
Como se um qualquer realizador de filmes manhosos lhes tivesse imposto um guião tortuoso.

Os filhos que ainda não cresceram, o medo da solidão, a ausência de alternativas, a falta de dinheiro, os mal entendidos acumulados durante anos, o ressentimento que vem com a morte dos sonhos de cada um!

E os silêncios, longos, tristes.
Cheios de monólogos, para uma plateia vazia…


--

Um Obrigado à Marion:


e ao
Johnny:


:-)
Foto: cortesia da Marion.

#00.075 Já dizia o velho Sócrates:

Será possível a uma pessoa que não sabe explicar o que é o amor... amar?

sexta-feira, maio 19, 2006

#00.074 Citando...

A vida tem de nos correr bem de maneira a que estejamos contentes com ela e possamos contribuir para que a vida corra bem aos outros. E mesmo quando apenas nos fazemos felizes a nós mesmos – cada centelha de felicidade que entra no mundo, torna-o num lugar mais feliz, trate-se de uma centelha própria ou estranha. Apenas não podemos fazer mal a ninguém.

- Pag. 119

--

“...
Conversar deixará de ter sentido porque, embora ajude a compreender o outro, não ajuda a suportá-lo; ou porque o mais importante não é compreender o outro, mas suportá-lo?

Mas, e que importância tem isso de se suportar alguém? – suportaremos apenas os que são iguais a nós?
- Pag. 165

--

“...
só suportamos os nossos iguais – isto não será racismo ou chauvinismo ou fanatismo religioso?
...”

- Pag. 165

--//--

“Amores em fuga”
Bernhard Schlink
Edições ASA

#00.073 “Para passear tenho a minha mulher. Se sair com outras é para foder!”

Foi isto que um conhecido me disse.
É possível que represente a mentalidade de muitos homens (e mulheres?).

#00.072 Antigamente é que era!

Frases retiradas de revistas femininas da década de 50 e 60:(Humor negro, vindo dos confins do nosso passado!)


Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas.
(Jornal das Moças, 1957)

Se desconfiar da infidelidade do marido a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afecto.
(Revista Cláudia, 1962)

 
A desordem em um banheiro desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa.
(Jornal das Moças, 1965)

A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas. Nada de incomodá-lo com serviços domésticos.
(Jornal das Moças, 1959)

Se o seu marido fuma, não arrume briga pelo simples fato de cair cinzas no tapete. Tenha cinzeiros espalhados por toda casa.
(Jornal das Moças, 1966)
 

A mulher deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar uma mulher por não ter resistido às experiências pré-nupciais, mostrando que era perfeita e única, exactamente como ele a idealizara.
(Revista Cláudia, 1966)

Mesmo que um homem consiga "divertir-se" com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu.
(Revista Querida, 1964)
 

O noivado longo é um perigo.
(Revista Querida, 1953)

É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido.
(Jornal das Moças, 1968)

O lugar da mulher é no lar. O trabalho fora de casa masculiniza.
(Revista Querida, 1961)

#00.071 E agora, o Amor em exclusividade

O Post:
Amar, amamos uma pessoa de cada vez. Isso de que falas é atracção, nomeadamente física. Podemos amar alguém e simultaneamente sentir desejo por outra. Amar duas pessoas é impossível...quer queiras quer não por uma delas só te interessa o corpo, o prazer, o olhar, a intensidade, o calor, o mar, o sexo, bom! Difícil, nestes casos, é distinguir qual delas amamos!

O autor:
Carlos Florindo
http://drunfo.blogspot.com/

Postado aqui:
http://perguntarnaofende.blogspot.com/2006/05/se-amamos-uma-pessoa-mas-estamos.html#comments

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Os meus comentários:

“…amar duas pessoas é impossível…”

- Ora aí está uma coisa que não compreendo.

Quando se ama alguém, ama-se por um determinado conjunto de características (não importa quais).

Em várias etapas nas nossas vidas, podem amar-se várias pessoas.
Por alguma razão que não percebo, muita gente acredita que apenas se pode amar 1 pessoa de cada vez!

Ou seja, existe no amor, uma qualquer propriedade que torna impossível amar ao mesmo tempo duas pessoas que, em diferentes alturas da nossa vida, teríamos amado em separado.

O meu problema, além de não perceber o porquê, é não ter encontrado ninguém que me soubesse explicar qual é essa misteriosa propriedade que gera a exclusividade e elimina a simultaneidade!

quinta-feira, maio 18, 2006

#00.070 Tás e pensar em quê, querido(a)?

Parte II

Tendo em consideração que os nossos pensamentos são o que mais íntimo possuímos, querer saber (constantemente) o que outra pessoa está a pensar não constituirá uma falta de educação e um abuso de confiança?

#00.069 As vantagens, para escritores preguiçosos, das trocas de ideias:

(ou, como agradecer à Flor.)


Não existem entregas descomprometidas.

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Existe tempo/espaço para relações fast-food.
É o tempo/espaço do prazer na descoberta!
Prazer que se basta a si mesmo!

Existe tempo/espaço para a intimidade da partilha.
Para viajar em mar alto onde as profundidades são maiores.

E existe tempo/espaço para a co-existência de ambas as situações na mesma pessoa!

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Se tantas pessoas e tanto “especialista” declara a impossibilidade ou pelo menos a altíssima improbabilidade de encontrar uma única pessoa que nos complete, porque razão nos limitamos a uma?

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Será realmente importante que a maioria das nossas relações sejam light e/ou fast-food?

Talvez preocupante seja quando essas relações assumem um carácter exclusivo na nossa vida!

Quando não existe ninguém com quem partilhar outras formas de intimidade!

E, sobretudo, pelo menos uma pessoa com a qual se partilhar TODAS as formas de intimidade, incluindo a sexual!

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A intimidade não é um valor absoluto, no sentido em que ou há ou não há.
A intimidade constrói-se aos poucos, em níveis.

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Uma pessoa que afirme amar incondicionalmente outra:
a) Não tem noção do que diz.
b) Está a mentir.
c) É doente.
d) Tem uma noção do Amor incompatível com a minha.