sábado, dezembro 18, 2004

#00.039 A guerra dos sexos #1

MANEIRAS DE DESENCORAJAR OS HOMENS

Ele disse... Que tal uma rapidinha?
Ela disse... E temos outra alternativa?

Ele disse... Não sei porque usas soutien; não tens nada para pôr lá dentro.
Ela disse... Tu usas cuecas, não usas?

Ele disse... É verdade que só me amas por causa da fortuna que o meu pai me deixou?
Ela disse... Não, querido. Eu amar-te-ia de qualquer maneira, independentemente de quem te deixou a fortuna.

Ele disse... Este café não serve nem para um porco!
Ela disse... Não tem problema, já te faço um que serve.

Ele disse... Tens peito liso e pêlos nas pernas. Alguma vez te confundiram com um homem?
Ela disse... Não, e a ti?

Ele disse... Porque é que vocês mulheres sempre nos tentam impressionar com o vosso aspecto em vez de com o vosso cérebro?
Ela disse... Porque há mais hipóteses de um homem ser imbecil do que ser cego.

Ele disse... Vamos sair e divertirmo-nos hoje?
Ela disse... Está bem, mas se chegares a casa primeiro do que eu, deixa a luz do corredor ligada.

Ele disse... Porque é que nunca me dizes quando tens um orgasmo?
Ela disse... Eu até dizia, mas nunca estás presente.

Ele disse... Desde a primeira vez que te vi, quis fazer amor contigo da pior maneira possível.
Ela disse... Bem, conseguiste.

quarta-feira, dezembro 08, 2004

Curtas #0002

"Depois de uma mulher ter perdoado a um homem, não deve servir-lhe os seus pecados ao pequeno-almoço."



"Muitas mulheres propõem-se mudar um homem, mas quando o mudam deixam de o achar atraente."


--

Marlene Dietrich

terça-feira, dezembro 07, 2004

#00.038 eles vêm como são

Porquê?
Porquê???

Porque é que as mulheres metem na cabeça que têm de mudar os homens que “amam”?

As criaturas são tremendamente orgulhosas e sofrem daquela síndrome tão comum aos portugueses (que também afecta os nossos automobilistas):

A Síndrome do Só Acontece Aos Outros!

O processo é deveras simples:
1. Mulher conhece homem.
2. Mulher ama homem.
3. Mulher não está satisfeita com homem.
4. Mulher tenta mudar homem.
5. Mulher dá-se mal.

É uma sequência sobejamente conhecida.
Não seria mais prático substituir o ponto 4 por algo como :
Mulher deixa homem e procura substituto mais adequado.

Mas não!
Se são avisadas a tempo duas desculpas estão devidamente preparadas:

1. Ele não tinha encontrado a mulher certa!
(pelo que se depreende que foi um privilégio encontrá-la a ela.
As outras é que não prestavam!)

2.Ele depois muda!
(Claro! Mas como? Onde? Quando? De que modo?)

Não existem respostas para estas questões mas não é preciso, é uma questão de fé, um dogma feminino: “o nosso maridinho será vergado à nossa vontade e modificado segundo o nosso desejo.”

É de espantar que tantas mulheres se dêem mal?
É de esperar que estes poços de orgulho e presunção mudem?

Como diz o ditado: A esperança é a última a morrer!

sábado, dezembro 04, 2004

#00.037 o que se planta é o que se colhe

Muito resmungam as mulheres pela preguiça dos homens nas lides domésticas.

No entanto, quantas mães educam os seus filhos para fazerem essas tarefas?
Quantas esposas aceitam ser elas a fazer a maior parte das mesmas?

No tempo em que as mulheres eram financeira e legalmente dependentes dos homens compreendia-se essa divisão: os homens trabalhavam e as mulheres cuidavam da casa e dos filhos.

E agora?
Numa sociedade em que as mulheres têm acesso à educação, ao mercado de trabalho, à independência económico-legal, o que as leva a tolerarem tais comportamentos por parte dos homens com quem vivem?

Quantas mulheres licenciadas, com vencimentos superiores aos maridos/companheiros, chegam a casa depois do trabalho e têm que fazer a totalidade ou a maioria do trabalho doméstico?

E o que é que as leva a agir assim?

De uma coisa tenho a certeza, enquanto permitirem esse "status quo" os homens vão continuar a aproveitar e a "cruzar os braços" ante tão desagradável perspectiva.

Se pensam que os homens não respeitam as mulheres, bem, como se costuma dizer: Quem não se dá ao respeito...

quinta-feira, dezembro 02, 2004

#00.036 ...excertos do livro dos macacos...

O homo sapiens não deixou de ser 1 macaco pelado; e, embora tenha adquirido motivações muito requintadas, não perdeu nenhuma das mais primitivas e comezinhas.

Isto causa-lhe muitas vezes certo embaraço, mas os velhos instintos não o largaram durante milhões de anos, enquanto os mais recentes não têm mais de alguns milhares de anos – e não resta a menor esperança de que venha a desembaraçar-se da herança genética quer o acompanhou durante toda a sua evolução.

Na verdade, o Homo Sapiens andaria muito menos preocupado, e sentir-se-ia muito mais satisfeito, se fosse capaz de aceitar este facto.
Pág. 9
--
… é preciso dizer que não se pode criticar biologicamente uma determinada prática sexual, por mais repugnante e obscena que pareça aos membros duma cultura em particular, desde que não comprometa a reprodutividade geral.

Se a actividade sexual mais exótica contribuir para assegurar a fecundação entre os membros dum casal, ou para reforçar a respectiva união, essa actividade é biologicamente tão aceitável como o mais «decente» e aprovado dos hábitos sexuais.
Pág. 98/9

--

Durante muito tempo fomos automaticamente levados a acreditar que a forma redonda das mamas devia estar ligada ao processo de amamentação.

Afinal de contas, parece que nos enganámos e que, na nossa espécie, a forma das mamas depende muito mais de motivos sexuais do que alimentares.
Pág. 106

--

Imaginamos muitas vezes que nos comportamos de uma certa maneira porque ela corresponde a determinado código sublime de princípios abstractos e morais, quando, na verdade, nos limitamos a obedecer a um conjunto de impressões (a par com dos nossos instintos cuidadosamente dissimulados) que torna tão difícil que as sociedades mudem os respectivos costumes e «crenças».

Mesmo perante novas ideias, excitantes e brilhantemente racionais, baseadas na pura aplicação objectiva da inteligência, a comunidade ainda se mantém agarrada aos antigos hábitos e preconceitos caseiros.
Pág. 125

--

Nunca nos satisfazemos com o que sabemos.
Mal encontramos resposta para uma pergunta, formulamos logo uma outra.
É este o maior truque da nossa espécie para continuar a sobreviver.
Pág. 128/9
--

Em última análise, a inteligência não merece muita confiança, visto que um único acto irracional, emotivo, pode desfazer todo o bem que a inteligência tinha construído.
Pág. 175

--

“O macaco nú”
Desmond Morris

Círculo de Leitores

#00.035 ...alternativas...

Podemos começar a rejeitar as velhas fórmulas (se o desejarmos), quando concedemos a nós próprios a liberdade de encarar os acontecimentos da vida de perspectivas diversas.


Uma das fórmulas diz:
«A descoberta de que o meu cônjuge tem uma aventura representa inevitavelmente o fim do nosso casamento.
Sinto-me magoado e traído e devo afastar-me ou vingar-me».


Uma reacção mais imaginativa pode incluir perguntas do tipo:

«
Como podemos renegociar os termos do casamento?

Sinto-me realmente traído?

Até talvez me sinta aliviado com uma certa diminuição de pressão.

Queremos mesmo abdicar de todos os aspectos bons da relação devido a esta mudança?

Como pode ela ser incorporada de forma a enriquecer todas as partes envolvidas?

Será que disponho agora de mais liberdade? Como posso usá-la?

Que sinto realmente, por oposição ao que as convenções e a imprensa sensacionalista me dizem que devo sentir?
»

--

“A amante – histórias mitos e interpretações da «outra»”
Victoria Griffin
Editorial Bizâncio
Página 18/9

quarta-feira, dezembro 01, 2004

#00.034 Nós podemos, elas não!

Quando era adolescente lembro-me de ter falado com um tipo muito mais velho a propósito da fidelidade.

Dizia ele que é diferente quando um homem e uma mulher praticam essa coisa do sexo extra-conjugal. 


Eu discordava e perguntei porquê.

Aqui vai a resposta (típica) segundo me lembro:
“Se o homem engravidar uma mulher, a esposa não fica com a criança, não despende nem tempo nem dinheiro com ela.

Se for a esposa a engravidar o cornudo fica a criar um filho que não é dele, algo que é manifestamente injusto.”

Além desta resposta ainda recebi o habitual tratamento condescendente que se dá aos “chavalos” imberbes cheios de ideias esquisitas que a vida há-de ensinar.

Na altura não soube o que responder mas continuei a não concordar, parecia-me uma injustiça e havia algo ali que “não batia bem”.

Mais tarde (demais para voltar ao tema) lembrei-me de algumas questões pertinentes:

1. E se a mulher for estéril ou estiver na menopausa?

2. E quando usa anticoncepcionais e está disposta a fazer aborto se algo correr mal?

Já pode ser infiel?

Quanto ao argumento propriamente dito, parece-me sacanice.

Se ele não gostaria de criar uma criança que não é dele de certeza que a mulher também não queria que ele criasse uma criança que não era dela.

1. Se ele engravidar outra mulher e esta tiver o filho ele terá de dedicar tempo e dinheiro à criança. 


Logo, estará a desviar recursos da sua própria família, não lhes proporcionando tudo o que poderia, noutras circunstâncias, proporcionar. 

E se existem homens que têm posses para ter muitos filhos, dinheiro algum compra mais que 24 horas por dia.

Conclusão: Está a ser sacana com a própria família.







2. Se ele renegar a criança da amante não lhe dedicando nem tempo nem dinheiro, estará a praticar uma injustiça sobre uma criatura inocente que não tem culpa dos seus erros nem dos da mãe.

Conclusão: Está a ser sacana com a própria família (a criança da amante).





Resultado: O homem retratado pelo tipo com quem falei, é, em qualquer dos casos, um sacana.


É claro que para muitos homens isso é apenas um detalhe de somenos importância.

O que espanta é haverem mulheres que aceitam tipos como este.
 

Tipos que dizem à mulher que se a apanharem com um amante, dão cabo dela, mas que não garantem a fidelidade para o seu comportamento porque é diferente para os homens!

E elas aceitam e/ou resignam-se!

Curtas #0001

Há homens que detestam as mulheres em geral e algumas em particular.